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Controle Biológico

Acabe com a cigarrinha-do-milho usando Bovéria-Turbo

O uso do Bovéria-Turbo no manejo da cigarrinha do milho traz uma excelente ação de controle da praga, reduzindo a transmissão do complexo de enfezamento do milho e ação prolongada com efeito residual

Ensaio de cigarrinha consultoria Agrobelts feitas pela Mirian Rabelo em Uberlandia/MG                                                                                                        

Nas últimas safras de milho foi possível observar um aumento progressivo no nível de infestação de uma importante praga vetora de microrganismos causadores das doenças do complexo de enfezamento e virose (enfezamento-pálido, enfezamento-vermelho e virose-da-risca) na cultura, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

As perdas ocasionadas pelas doenças do complexo de enfezamentos e virose podem ser muito altas, especialmente em lavouras cultivadas sem uma integração de estratégias que visam reduzir a população de cigarrinha do milho.

Ensaio de cigarrinha consultoria Agrobelts feitas pela Mirian Rabelo em Uberlandia/MG

Existe um estado de alerta e preocupação com o impacto que essa praga pode causar na safra deste ano, já que diversos fatores podem favorecer a presença da praga no campo como o cultivo de milho uma boa parte do ano o que gera uma ponte verde, milho tiguera que fica de uma safra para outra podendo ser uma fonte de contaminação do inseto, plantios de diferentes idades e o não uso das estratégias do manejo integrado de pragas (MIP).

O entomologista Germison Tomquelski da consultoria Desafio Agro destaca algumas estratégias de manejo da cigarrinha do milho: “ A primeira estratégia é eliminar o milho de tiguera então é muito importante essa medida nas lavouras de soja desta safra, segunda medida muito importante é a escolha de materiais com maior tolerância e por último adotar as estratégias de manejo integrado de pragas que nós podemos destacar o tratamento de sementes, que faz um bom controle na fase inicial, as pulverizações com produtos químicos e também uma medida que nos últimos anos vem ganhando espaço e para a cigarrinha-do-milho é muito interessante, o controle biológico.” O pesquisador ressalta que nos seus trabalhos nos últimos 5 anos, o controle biológico associado ao manejo químico tem resultados muito interessantes e com certeza eles têm complementariedade.

Dentro do MIP a adoção do controle biológico para o manejo de cigarrinha tem crescido ano após ano e o uso de produtos à base de fungos entomopatogênicos demonstrado alta eficiência a campo.

A pesquisadora entomologista da Fundação Chapadão Suelen Moreira ressalta que o uso do biológico no manejo da cigarrinha do milho pode ocasionar um efeito adicional de controle quando usado integrado ao químico: “A eficiência de controle de produtos químicos pode ser incrementada quando se utiliza a associação químico e biológicos. Além disso, é possivel aumentar o período entre as aplicações já que os produtos biológicos principalmente fungos entomopatogênicos podem ter uma persistência no campo, com isso o produtor ganha um de reentrada na lavoura. Por fim, também é possível reduzir o número de aplicações de inseticidas químicos em até 50% na melhor das hipóteses.”

Neste sentido, nós do Vittia, apresentamos a Bovéria-Turbo, um inseticida biológico altamente eficiente. Ele é formulado com o fungo Beauveria bassiana IBCB66 e possui alta concentração e pureza.

Quando aplicado, age sobre o inseto colonizando-o até a morte, produzindo esporos do fungo que se disseminam pela área, infectando novos insetos e, garantindo assim, residual de controle.

Cigarrinha-do-milho colonizada pela Bovéria-Turbo – Imagem por Marina Nanzer na cidade de Chapadão do Sul/MS

A Bovéria-Turbo, tem demonstrado alta eficiência com ação prolongada no campo, com grandes chances de atingir insetos migradores e novas gerações, além de não causar resistência de pragas e poder ser integrado nas aplicações com os químicos.

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Controle Biológico

Uso de produtos biológicos na agricultura moderna

Atualmente é difícil participar de algum evento, “live”, reunião, grupo de “whatsapp” com outros produtores ou mesmo uma roda de conversa com colegas agricultores onde o tema de controle biológico não seja mencionado. Assim como cansamos de ouvir em 2020 sobre o novo normal que vivemos em virtude da pandemia, o uso de produtos biológicos é o novo normal da agricultura moderna.

Embora seja tratado como um assunto novo ou como uma inovação do agronegócio, o fato é que desde que o gato percebeu que o rato era uma excelente fonte de alimento e que o ser humano notou poderia utilizar do apetite do bichano para evitar com que seus grãos fossem comidos pelo roedor, que o controle biológico surge.

Os primeiros relatos do ser humano fazendo uso dessas interações ecológicas (ex.: predação; parasitismo; competição; etc.) para controle de pragas vem da China Imperial, onde os agricultores introduziam colônias de formigas em suas lavouras para controlar pragas do citrus. 

Desde então, diversos são os relatos do uso de controle biológico na agricultura e até mesmo na medicina, como foi o caso da descoberta da penicilina em 1928, quando o distraído Alexandre Fleming, ao sair de seu laboratório para curtir um feriado, deixou uma placa de petri contendo a bactéria Staphylococcus sp. aberta e ao retornar, notou que um fungo havia crescido na mesma placa e estava produzindo uma substância que inibia o avanço desta bactéria, dando origem então ao primeiro antibiótico a ser usado pela medicina.

Dado o histórico do controle biológico, fica claro que ele não é tão novo assim, mas se já temos conhecimento dessa ferramenta desde o tempo dos imperadores chineses, por que só agora estamos falando disso?

A resposta é simples: Porque agora precisamos dessa ferramenta para produzirmos mais e melhor!

O uso de defensivos químicos sempre foi predominante em nossa agricultura, principalmente pelos aspectos práticos de produção e manejo, pois, é muito mais simples levar um inseticida contido em um frasco fechado para ser aplicado no controle de pragas, do que ter que buscar um formigueiro, correndo o risco de ser picado, as formigas escaparem, morrerem no caminho e ainda chegar no local onde será aplicado, um tamanduá comer o restante das formigas que sobreviveram ao transporte.

Desta forma, principalmente devido à facilidade de produção e manuseio, os químicos dominaram o mercado, porém, aprendemos à duras penas que o uso inadvertido e indiscriminado dos defensivos químicos acaba por gerar populações de pragas e doenças resistentes, levando as empresas de defensivos a buscarem novas moléculas que contornassem essa resistência. O fato que o aparecimento de populações resistente vem acontecendo em uma velocidade maior que o surgimento de novas moléculas.

A EMBRAPA monitora desde a safra de 2003/2004 a eficiência das principais moléculas químicas no controle da mais devastadora doença da soja no Brasil, a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi). Neste monitoramento observaram que o controle obtido utilizando alguns fungicidas vem caindo ou apresentando eficiência inferior à 60% (figura 1). Esses resultados reforçam a necessidade de utilizarmos novas ferramentas que venham integra o manejo integrado de pragas e doenças (MIP) e não favoreçam o surgimento de organismos resistentes. Desta forma os produtos biológicos surgem como a alternativa mais óbvia e adequada para cumprir esse papel.

 

Mas uma dúvida ainda paira sobre o uso dos biológicos: E a parte operacional? Afinal, nossos antepassados tinham que ir até o topo de montanhas para trazer formigueiros inteiros para poder fazer o controle biológico. Eis que justamente nesta área que estão as maiores inovações que o mercado de controle biológico vem experimentando.

Atualmente temos muito mais conhecimento e acesso à diversos novos microrganismos que tem ação de controle sobre pragas e doenças, não ficando restrito somente àquilo que podemos criar em uma placa de petri. Também cada dia mais dominamos como cria-los e estabilizá-los em formulações que sejam tão ou mais práticas e eficientes quanto os produtos químicos.

Exemplos práticos dessas inovações são os produtos da linha Biovalens, como o Meta-Turbo SC, inseticida registrado para controle de importantes pragas de difícil controle, como o percevejo-castanho (Scaptocoris castânea), que é produzido através de fermentação liquida sendo apresentado na forma de suspensão concentrada, contendo não somente conídios do fungo, mas estrutura vegetativas e altamente infectivas, aumentando a velocidade de ação e eficiência do Meta-Turbo SC.

Outro exemplo é o Bio-Imune, primeiro fungicida biológico registrado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para controle da ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), formulado com o isolado exclusivo de Bacillus subtilis BV02. Sua formulação líquida, além de conter alto número de bactérias na forma de endósporos (estrutura de resistência), também apresenta alta concentração de lipopeptídeos e enzimas com ação fungicida e bactericida produzidas pelo B. subtilis BV02. Esses metabólitos que estão presentes no Bio-Imune são parte do sucesso do produto para que seja eficiente no controle até das doenças mais agressivas, como é o caso da ferrugem asiática da soja.

Como podemos ver, diferentemente do novo normal que nos foi imposto pela pandemia em 2020, o novo normal da agricultura veio para ficar e cada vez mais queremos adotar em nossas lavouras. Não somente porque está na moda ou porque o vizinho está usando, mas porque funciona, são tão práticos ou mais que os defensivos químicos e precisamos deles para produzirmos mais e melhor!

 

Referência bibliográfica:

GODOY, C. V., et al. Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2019/2020: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos. Embrapa Soja-Circular Técnica (INFOTECA-E), 2020.

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Inoculante

A relevância do Azospirillum no sistema de produção agrícola

Viviane Costa Martins Bordignon Gerente de Produtos Inoculante – Vittia   O Azospirillum é uma bactéria de vida livre, com capacidade de se associar às plantas fixando nitrogênio da atmosfera e produzindo hormônios, como o AIA, que auxiliam no melhor desenvolvimento das plantas. Sabe-se que ele é capaz de colonizar diversas espécies de plantas, não sendo apenas gramíneas, como inicialmente foi estudado no Brasil, mas também leguminosas. As pesquisas com essa bactéria foram iniciadas em 1970 pela Dra Johanna Dobereiner em diversas gramíneas, como cana, milho, trigo, sorgo e outras. E, em paralelo, a Universidade Federal do Paraná (UFPR), representada pelo pesquisador Dr. Fábio Pedrosa, também focou suas pesquisas com Azospirillum, sendo um centro de referência desse assunto, e mais tarde tornando-se o centro de distribuição das estirpes de uso comercial no Brasil.  A partir de então, a pesquisa durou muitos anos para entender a real interação da bactéria com a planta e verificaram-se excelentes benefícios em diferentes culturas, como milho, trigo, arroz e outras.  Diante disso, o Vittia, enxergando a grande oportunidade de contribuir com mais uma tecnologia para agregar produtividade aos sistemas de produção agrícola, iniciou seu desenvolvimento de pesquisas na cultura do milho e, em seguida, obteve o registro da tecnologia Biomax Azum®.   Tecnologia Biomax Azum® é um inoculante líquido com adequada concentração da bactéria Azospirillum brasilense que garante fornecimento adicional de N às plantas, assim como promove melhor desenvolvimento e produtividade das lavouras. No campo, com o lançamento da tecnologia, foram comprovados os benefícios identificados pela pesquisa e, com isso, a adoção deste inoculante foi aumentada, inclusive se expandido para novas culturas. Mais recentemente, o Vittia obteve o registro do Biomax Azum® para o trigo. De acordo com as pesquisas desenvolvidas pela pesquisadora do IAPAR, Dra. Diva Andrade, em quatro diferentes ambientes edafoclimáticos favoráveis para o desenvolvimento dessa cultura, o Biomax Azum® é uma tecnologia viável como inoculante na cultura do trigo.  No experimento conduzido na região de Guarapuava (PR), a inoculação com Biomax Azum® resultou em um incremento de 399 kg/ha, ou 07 sc/ha em relação à testemunha, e de 243 kg/ha ou 04 sc/ha, quando comparado ao tratamento com 100% da adubação nitrogenada.  O mesmo foi observado na pesquisa realizada em área de produção de trigo em Londrina (PR). A inoculação com o Biomax Azum® proporcionou um ganho de 370 kg/ha ou 06 sc/ha em relação ao tratamento sem inoculação e sem nitrogênio mineral e de 206 kg/ha ou 03 sc/ha, comparando-o com a adubação mineral desse tão importante nutriente para as culturas. Esses trabalhos confirmam e evidenciam a essencialidade do Biomax Azum® no trigo, assim como já havia sido observado em milho. Mas, vale ressaltar que, assim como mencionado no início desse artigo, o Azospirillum é capaz de colonizar diversas espécies de plantas, não sendo apenas gramíneas, como abordamos anteriormente, mas também leguminosas.    Coinoculação Mais recentemente, com o objetivo de aumentar ainda mais a eficiência da fixação biológica de nitrogênio em leguminosas, como soja e feijão, a pesquisa oficial brasileira desenvolveu uma nova estratégia, a coinoculação.  Essa técnica consiste na associação de uma ou mais bactérias, sendo que a mais estudada e utilizada no campo é a associação das bactérias Bradyrhizobium sp ou Rhizobium sp e Azospirillum brasilense, visando maior e melhor fornecimento de nitrogênio, melhor desenvolvimento das plantas e maiores incrementos em produtividade. Os benefícios da coinoculação se dão pela capacidade do Azospirillum em produzir hormônios, como o AIA que, assim como mencionado no início, auxiliam no melhor desenvolvimento das plantas, principalmente do sistema radicular. Com isso, irá facilitar a comunicação do Bradyrhizobium sp/Rhizobium sp com a planta e garantirá a antecipação na formação de nódulos, maior número de nódulos e mais nódulos localizados na raiz principal das plantas, os quais são em torno de 25% mais eficientes que os das raízes secundárias.  Todos esses benefícios foram comprovados pela pesquisa oficial brasileira e têm sido confirmados a campo nas mais diversas condições edafoclimáticas.   Mais produtividade De acordo com os trabalhos feitos pela Embrapa nas últimas safras na cultura da soja, com a adoção da coinoculação os incrementos passam a ser de 16% em relação as plantas não inoculadas, ou seja, o dobro quando comparado a inoculação padrão, que proporciona 8% de ganhos em produtividade.  Nós, do Vittia, desenvolvemos um conjunto de trabalhos a campo desde a pesquisa até campos demonstrativos em áreas de produção comercial de soja, onde ficou evidente o que a pesquisa oficial já tinha comprovado.  Em quatro ensaios conduzidos nas 2016/17 e 2017/18, pela pesquisadora Dra Ivana Bárbaro, da APTA, considerando a média dos tratamentos com a coinoculação com Biomax Premium Líquido Soja® e Biomax Azum®, foram observados incrementos de produtividade de 715,84 kg/ha ou 11,93 sc/ha em relação à testemunha não inoculada e de 343,38 kg/ha ou 5,7 sc/ha comparando-o com a inoculação tradicional com Biomax Premium Líquido Soja®, demonstrando que o produto Biomax Azum® pode e deve ser recomendado para a coinoculação com o Biomax Premium Líquido Soja® na referida cultura.  Abaixo o resultado de uma das áreas experimentais conduzidas pela Dra Ivana Bárbaro: Assim como em soja, a Embrapa também vem desenvolvendo pesquisas com a coinoculação em feijão. Em diversos trabalhos, verificaram que em feijão produzido pela agricultura empresarial, o incremento que a coinoculação (Rhizobium + Azospirillum) proporcionou em relação ao adubo nitrogenado foi de 11% e de 26% em relação à inoculação padrão com Rhizobium. E ainda, com uma lucratividade de +90% nas pesquisas do Estado de GO e de +114% nas pesquisas do Estado de MG. Essa excelência na resposta do feijão impacta diretamente na sustentabilidade do sistema agrícola de produção, pois a partir de cálculos realizados, verificou-se que substituindo o adubo nitrogenado pela coinoculação seria possível mitigar aproximadamente 700 mil toneladas de CO2, o que é igual a 50% do que o governo objetiva na redução da emissão de gases de efeito estufa até 2020. Ou seja, uma estratégia que impacta positivamente nos diversos pilares da agricultura, não só a brasileira, mas mundial.    Sem limites O Vittia também vem realizando pesquisas com a cultura do feijão. O experimento na última safra de feijão irrigado foi conduzido pelo professor Dr. Orivaldo Arf (UNESP), que apontou que a coinoculação do Biomax Premium Feijão® com Biomax Azum® proporcionou ganhos da ordem de 915 kg/ha em relação ao controle (sem N e sem inoculante) e de 310 kg/ha, comparando-o à adubação nitrogenada comumente realizada na cultura.  Ainda, o incremento da coinoculação versus a inoculação padrão foi de 334 kg/ha. Ou seja, um resultado que evidencia o quanto a coinoculação no feijoeiro é eficiente, podendo contribuir significativamente para a máxima sustentabilidade das lavouras implantadas com essa cultura.  Todas essas claras evidências justificam o grande sucesso dessa técnica no campo em tão curto espaço de tempo. Mas, as oportunidades com essa bactéria de tão grande importância não ficam por aqui. Nesta safra, nós do Vittia estamos também investindo em pesquisas em pastagem e cana-de-açúcar, duas culturas que vêm ocupando grande parte das áreas de produção do Brasil e do mundo. Ou seja, uma bactéria que veio para reforçar que processos biológicos podem gerar ganhos expressivos na produtividade das lavouras e na lucratividade dos agricultores.
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Nutrição Vegetal

Avanços sobre o uso de magnésio na citricultura

Fonte: Informativo Centro de Citricultura, 293. Outubro 2019

 

As dificuldades fitossanitárias enfrentadas pelos citricultores nos últimos anos os forçaram a adotar novas tecnologias, as quais proporcionaram ganhos em rendimento por área. Nesse novo patamar de produtividade, o suprimento adequado de nutrientes para o pomar se torna fundamental, não apenas por favorecer o potencial produtivo das plantas, como também por influenciar na qualidade dos frutos.

No passado, em pomares de citros com produtividade média inferior a 20 toneladas por hectare, a demanda da planta por magnésio (Mg) era exclusivamente satisfeita pela calagem, praticamente não havendo necessidade de aportes extra do nutriente. No entanto, nos novos cenários da citricultura, cujos pomares são cada vez mais produtivos, a complementação do nutriente com outras fontes fertilizantes, em especial aquelas de maior solubilidade em água, se torna necessária para a manutenção da sua produtividade e qualidade.

Além dos ganhos em produtividade, outros fatores vêm intensificando a demanda de Mg pelos pomares cítricos, tais como: (i) cultivo em solos ácidos e intemperizados, nos quais os teores de Mg trocáveis são inerentemente baixos e competem com outros cátions, em especial o potássio (K); (ii) perda de qualidade de frutos, em especial aqueles destinado à indústria; (iii) aumento do uso da fertirrigação que proporciona maior percolação de cátions no perfil do solo, como cálcio (Ca) e Mg, e maior acidificação da região do bulbo úmido, o que reduz a disponibilidade de Mg; e (iv) mudanças climáticas cada vez mais frequentes e associadas à temperaturas extremas do ar, como ondas de calor, o que consequentemente aumenta a foto-oxidação das plantas.

Os sintomas de deficiência de Mg ocorrem comumente em folhas maduras e são caracterizados por clorose internerval com um aspecto de “V” invertido, que inicia nas margens das folhas e progride para o amarelecimento de todo limbo foliar (Figura 1); outros sintomas como queda prematura das folhas com sintomas e prejuízos à qualidade dos frutos também podem ser observados.

Os atuais ganhos em produtividade não têm traduzido necessariamente ganhos em qualidade da fruta, tanto para a produção de suco concentrado (FCOJ – frozen concentrated orange juice) quanto de suco não concentrado (NFC – not from concentrated). Segundo dados da CitrusBR (www.citrusbr.com) até a década passada eram necessárias, cerca de 230 caixas (40,8 kg) para se produzir uma tonelada de FCOJ (66 °Brix). No entanto, nos últimos anos esse valor subiu para algo em torno de 265 caixas/t de FCOJ. Esse menor rendimento industrial vem forçando a indústria produtora de suco a remunerar os citricultores de forma diferenciada, prática pouco comum no passado. Apesar de forma ainda tímida, hoje existem contratos nos quais são dadas bonificações em função da qualidade da fruta.

O Mg influencia o balanço de carboidratos entre a fonte e os drenos como raízes, flores e frutos (Hermanns et al., 2005). Desse modo, a concentração do nutriente na planta está diretamente relacionada com o acúmulo de açúcares no fruto. Em estudo no qual objetivou estudar fontes e doses de calcário verificou-se que o acréscimo na dose de calcário dolomítico aumentou de forma linear a disponibilidade de Mg para os citros e a concentração de sólidos solúveis (°Brix) nos frutos (Figura 2 A; Quaggio et al., 1992). Resultados semelhantes entre o teor de Mg foliar e a porcentagem de sólidos solúveis em frutos cítricos também foram observados quando se utilizou uma fonte solúvel de Mg aplicada no solo (Figura 2 B; Boaretto et al., 2015).

Na principal região brasileira produtora de citros, tem sido comum a ocorrência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor que chegam a ter duração de 4 a 10 dias, com temperaturas máximas acima de 40 ºC e baixa umidade do ar.

 

Quando esses eventos ocorrem durante os estágios iniciais de florescimento e de frutificação podem promover o abortamento de flores e queda de chumbinhos e, quando a ocorrência eles se dão em etapas mais avançadas de desenvolvimento dos frutos é comum a queima da casca, em especial naqueles localizados na face oeste da planta, que ficam expostos ao sol da tarde, causando ainda danos às vesículas de suco. Ambas as situações podem acarretar perdas tanto de produtividade quanto de qualidade. 

Neste sentido, o manejo otimizado do Mg pode minimizar o impacto da alta radiação e temperatura, uma vez que este nutriente está diretamente relacionado com a integridade das clorofilas e ativação de enzimas relacionadas à fotossíntese e ao sistema antioxidante. Em estudos com plantas de citros expostas à alta radiação luminosa verificou-se que uma adubação suplementar de Mg aumentou as trocas gasosas foliares, a assimilação de CO2 e a eficiência de carboxilação instantânea, indicando que a planta foi mais eficiente no uso da energia luminosa capturada e na fixação de CO2. Além disso, plantas que receberam suplementação de Mg apresentaram maior ativação de enzimas envolvidas na desintoxicação das espécies reativas de oxigênio (EROs), como a superóxido dismutase (SOD), que reduz o O2 para H2O2, que em seguida será transformado em H2O e ½O2 por outras enzimas como a glutationa redutase, que teve sua atividade aumentada com o aumento do suprimento de Mg para a planta (Figura 3). Os resultados desse trabalho indicam que aportes extras de Mg podem proporcionar às plantas maior tolerância a condições de estresses bióticos e abióticos, o que impactará em ganhos de produtividade e qualidade para os pomares cítricos. Essa é uma das pesquisas atualmente em desenvolvimento no Programa Fisiologia da Produção, do Centro de Citricultura Sylvio Moreira. 

 

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Fertilizantes Organominerais

Adubação do cafeeiro com fertilizantes organominerais

Regina Maria Quintão Lana
(Professora de Fertilidade e Nutrição de Plantas – UFU)

 

Mara Lúcia Martins Magela
(Doutoranda em Fitotecnia – UFU)

 

Luciana Nunes Gontijo
(Doutoranda em Produção Vegetal – UFU)

 

Em 2020, de acordo com estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento-CONAB em seu 4º levantamento da safra 2020, a safra brasileira de café, com a influência de bienalidade positiva, indica uma produção de 63,08 milhões de sacas de café beneficiadas (incremento de (27,9% superior a produção de 2019). Em relação à produção da safra 2018 que também foi de bienalidade positiva, o crescimento foi de 2,3%.

Figura 1: Cafezais em pleno desenvolvimento após fertilização adequada

Esse crescimento da produtividade vivenciado pelo setor está associado a um conjunto de fatores que envolvem o ciclo de alta bienalidade, principalmente das lavouras cultivadas com a espécie Arábica; condições climáticas favoráveis, renovação do parque cafeeiro com cultivares mais produtivas e o uso de novas tecnologias, como irrigação, adubação e controle de pragas e doenças. Neste contexto, destaca-se que a contribuição de cada fator relacionado com as excelentes estimativas de produtividade do café brasileiro, possui seus benefícios condicionados aos aspectos de nutrição do cafezal e ao manejo da fertilidade do solo.

A cultura do café está inserida dentro de um movimento financeiro e mercadológico muito importante para a economia nacional e mundial, o que tem exigido cada vez mais manutenção e aumento dos índices de produtividade de maneira dinâmica e aprimorada. Para isso, é necessário buscar por práticas que sejam economicamente viáveis e também sustentáveis em todos os âmbitos de condução da cultura. 

Dentro da temática de fornecimento de nutrientes para o café, muitas tecnologias em fertilizantes foram desenvolvidas com a finalidade de maximizar esse processo, tornando-o mais eficiente e sustentável. Uma das tecnologias disponíveis para atender essa demanda inclui os fertilizantes organominerais.

Diversos estudos já realizados, e outros ainda em andamento, têm comprovado que o uso de fertilizantes organominerais proporciona grandes benefícios para o manejo do cafeeiro, principalmente em condições de solos de cerrado, com desbalanço nutricional e/ou desequilíbrio químico e físico.

No cafeeiro, os benefícios desses fertilizantes podem ser percebidos nas propriedades físico-químicas do solo permitindo diminuição no uso de corretivos, redução de doses e de parcelamentos (somente 2 ou 3 aplicações), que normalmente, com os fertilizantes minerais são realizadas em até seis vezes durante o ciclo de produção. 

Em pesquisa sobre o uso de fertilizante organomineral aplicado isoladamente e em dose única em Coffea arabica cultivar “Catuaí Amarelo IAC-62”, Sandy e Queiroz (2018) observaram resultados de produtividade tão bons quanto os alcançados pelas plantas fertilizadas com fontes exclusivamente minerais, confirmando o potencial de uso com eficiência econômica e agronômica das formulações organominerais.

Destaca-se neste trabalho que, tais resultados se repetiram mesmo com a redução da dose de recomendação, com incremento de 9.17 sacas ha-1 para o tratamento que usou menor dose do fertilizante organomineral (33%+NK-S) em relação ao tratamento que utilizou a dose total da recomendação com fontes exclusivamente minerais (Tabela 1).

Tabela 1: Fertilizante organomineral (08.00.10 + 8S) em Coffea arabica cultivar “Catuaí Amarelo IAC-62”
Fertilizantes Sacas ha-1
Safra 2015/2016 Safra 2016/2017 Média
Controle 38.86 b 19.32 b 29.09 b
(30-00-00 +KCl) 50.46 a 44.13 a 47.29 a
Organomineral NK+S (33% dose) 63.61 a 49.31 a 56.46 a
Organomineral NK+S (66% dose) 38.02 b 41.07 a 39.55 a
Organomineral NK+S (99% dose) 36.08 b 37.15 a 36.62 a

(Adaptado de Sandy; Queiroz, 2018)

 

A matriz orgânica do fertilizante organomineral promove maior aproveitamento dos nutrientes pelas plantas através do processo de slow realese, ou seja, liberação lenta dos elementos que ficam menos expostos a perdas por volatilização do nitrogênio, lixiviação do potássio e adsorção do fósforo. 

De acordo com Santinato et al. (2013), o uso de fontes orgânicas juntamente com a adubação mineral no manejo do cafeeiro proporciona maiores teores de macro e micronutrientes no solo e maior absorção dos nutrientes pelas raízes, especialmente do fósforo, a medida que a fração orgânica no sistema é aumentada.

Em pesquisa conduzida por Acra em 2015, o uso de fertilizante organomineral em uma lavoura de café, cultivar Catuaí Vermelho, com sete anos de idade, aumentou os teores de P no solo aos 90 dias após a aplicação, sendo que a quantidade deste nutriente cresceu linearmente à medida que se aumentou as doses do fertilizante.

Carmo et al. (2014) objetivando avaliar a influência de diferentes fontes e doses de fósforo em vaso, observaram que as maiores produções de massa seca total foram com o fertilizante Organomineral e Torta de Filtro + Fosfato Natural, enquanto que, a menor produção foi verificada para o Fosfato Natural aplicado isoladamente. 

 O efeito do fósforo no organomineral sobre a biomassa do café demonstra a importância da matéria orgânica associada à adubação fosfatada, pois a ocupação dos sítios de adsorção de P no solo leva a menor reação deste elemento com os minerais de argila e óxidos de ferro, e isso se reflete em aumento da disponibilidade de P para a solução do solo. Os autores ressaltam também que esses resultados podem ser justificados pelo fato do fertilizante Organomineral e a Torta de filtro + Fosfato Natural apresentarem relações de Ca/Mg próximas do ideal para a cultura, o que contribuiu na obtenção de maior produção.

 O aporte de matéria orgânica no solo exerce influencia positiva sobre os atributos físicos que estão diretamente ligados à aeração e retenção de água. Neste aspecto, Partelli et al. (2011) avaliando as características físicas do solo com cafeeiro Conilon, observaram melhorias na densidade do solo, porosidade total e na resistência a penetração no cultivo orgânico comparado a área de cultivo convencional adubado com fertilizantes minerais (Tabela 2).

Tabela 2. Características físicas do solo em função do manejo do cafeeiro Conilon (C. canephora)
Área Profundidade Densidade P. Total Mac Mic RP 0.1 RP 0.33
m     mg m-3     m³ m-3 MPa
Café convencional 0.00-0.10 1.591 0.415 0.177 0.236 1.897 4.643
Café convencional 0.10-0.20 1.581 0.423 0.184 0.234 1.940 4.671
Café orgânico 0.00-0.10 1.402 0.473 0.219 0.254 1.168 1.503
Café orgânico 0.10-0.20 1.501 0.448 0.200 0.246 1.371 2.741

Mac= Macroporosidade; Mic= Microporosidade; RP= Resistência a Penetração (Adaptado de Partelli et al., 2011)

 

É de grande importância o aprofundamento do sistema radicular, bem como, a atividade microbiana da rizosfera do cafeeiro. Assim, a melhoria na estrutura do solo, aeração, redução da compactação, retenção de água, são de extrema importância. Neste contexto, Martins Neto et al. (2009), comparando a respiração edáfica e a presença de micorrizas em sistemas orgânicos e convencionais de produção de café da variedade Catuaí, confirmou que houve aumento da respiração microbiana do solo e presença de micorrizas no solo manejado organicamente (Tabela 3).

Tabela 3. Respiração edáfica e presença de micorrizas em cafezais orgânico e convencional

Respiração Presença de Micorrizas
Edáfica mg Co2 m-3 h-1  Nº de esporos em 50 g de solo Infecção Micorrízica (%)
Sistema arborizado Março
Orgânico   136.71 a 607.80 a 42.40 a
Convencional   109.37 b 274.60 b 38.40 a
Sistema arborizados Setembro
Orgânico   167.22 a 592.8 a 18.2 a
Convencional   129.51 b 285.8 b 10.0 b

                                                                                                                                                                                                        (Adaptado de Martins Neto et al., 2009)

 

Chalfoun et al. (2005) analisando a microbiota associada ao solo em sistemas de cultivo orgânico de café, observaram maior presença do gênero Penicillium em relação aos locais fora da área de plantio, que apresentavam menores teores de matéria orgânica. A presença do Penicillium constitui fator importante dentro do sistema de cultivo do cafeeiro, pois muitas pesquisas sinalizam que o fungo se constitui um potencial solubilizador de fósforo.

Os fertilizantes organominerais, além dos benefícios nas propriedades físicas, químicas e microbiológicas do solo, melhoram o metabolismo das plantas através da redução de estresses bióticos e abióticos, equilíbrio das atividades metabólicas, manutenção da fotossíntese ativa e balanço hormonal positivo. Com isso, há um crescimento radicular com mais raízes laterais, maior crescimento vegetativo, maior número de ramos plagiotrópicos, maior retenção de folhas e flores, redução do efeito de bienalidade e, consequentemente, incrementos na produtividade.

Candido et al. (2013), estudando diferentes fertilizantes organominerais no desenvolvimento inicial do cafeeiro arábica cultivado em vaso, observaram que o organomineral granulado proporcionou superioridade de 70.91% no diâmetro de caule; 25.81% a mais no número de ramos plagiotrópicos; 47.47% a mais de área foliar e 52.88% a mais de massa seca total em relação ao café adubado com fonte exclusivamente mineral (superfosfato simples) (Tabela 4).

Tabela 4. Fontes organominerais de P no desenvolvimento inicial do cafeeiro arábica cultivado em vaso (cv. Catuaí)
Fertilizantes Diâmetro de caule (mm) Altura de Plantas (cm) Nº Ramos Plagiotrópicos Área Foliar (cm²) Massa Seca Total
Ausência de aplicação de P 4.36 c 23.97 b 0.00 d 341.25 d 4.92 e
Superfosfato simples (Padrão) 5.33 b 35.35 a 7.75 b 1841.50 b 23.43 b
Orgânico granulado 5.53 b 26.00 b 3.25 c 1263.75 c 10.86 d
Org. em pó com microrganismos solub.  P 4.41 c 32.12 a 6.25 b 1354.00 c 17.09 c
Organomineral granulado 9.11 a 35.35 a 9.75 a 2715.75 a 35.82 a
Organomineral em pó com turfa 6.19 b 26.05 b 6.50 b 1088.00 c 13.24 d

(Candido et al, 2013) 

 

O aumento de produtividade no cafeeiro com organominerais se deve tanto devido à melhoria nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo, quanto à ação fisiológica positiva sobre as plantas. 

 

Figura 4. (A) Taxa de assimilação de CO2 (A µmol CO2 m-2s-1), (B) condutância estomática (g molm-2s-1), (C) carbono interno (Ci mol mol-1), (D) transpiração (E mol vapor d’água m-2s-1), (E) eficiência do uso da água (EUA- A/E µmol H2O) em folhas de mudas de café Catucaí 24/137 amarelo desenvolvidas em viveiro sob diferentes adubações. Machado (MG) 2019. 

Segundo Ruela (2019), as plantas sob efeito da adubação organomineral apresentaram maior taxa de assimilação de CO2, o que representa uma maior fotossíntese líquida e queda na condutância estomática. Isso resultou em uma menor transpiração, sendo assim uma economia de energia pelas plantas, que provavelmente irá refletir em desenvolvimento vegetativo e produtividade, bem como diminuição do carbono interno, pois estava sendo utilizado para maior fotossíntese. Tudo isso com uma maior eficiência do uso da água (Figura 2). Essas plantas possivelmente têm maior resistência a períodos de estresse hídrico do que as plantas submetidas ao tratamento controle ou até mesmo as adubadas com fertilizante mineral

É de grande importância a escolha de fertilizantes mais eficientes que priorizem o manejo da matéria orgânica no sistema produtivo, sendo os fertilizantes organominerais uma tecnologia viável para fornecer os nutrientes e matéria orgânica demandados pelo cafeeiro para se obter alta produtividade.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ACRA, G. Z. Fertilizantes organominerais no cafeeiro e atributos químicos do solo. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Agronomia, da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo. 19f. 2015.

CANDIDO, A. O.; TOMAZ, M. A.; SOUZA, A. L. AMARAL, J. F. T.; RANGEL, O. J. P. Fertilizantes organozominerais no desenvolvimento inicia do cafeeira arábica. VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil 25 a 28 de Novembro de 2013, Salvador – BA.

CARMO, D. L.; TAKAHASHI, H. Y.; SILVA, C. A.; GUIMARÃES, P. T. Crescimento de mudas de cafeeiro recém-plantadas: efeitos de fontes e doses de fósforo. Coffee Science, Lavras, v. 9, n. 2, p. 196-206, abr./jun. 2014.

CHALFOUN, S. M., ANGÉLICO, C. L., BATISTA, L. R., AND PEREIRA, M. C. (2005). Predominância do gênero Penicillium em solos de cultivo de café pelo sistema orgânico. In: 4° Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Embrapa Café, Brasília. Disponível em:<https://www.bing.com/search?q=PREDOMIN%C3%82NCIA%C2%A0DO%C2%A0G%C3%8ANERO%C2%A0PENICILLIUM%C2%A0EM%C2%A0SOLOS%C2%A0DE%C2%A0CULTIVO%C2%A0DE%C2%A0CAF%C3%89%C2%A0+PELO%C2%A0SISTEMA%C2%A0ORG%C3%82NICO%C2%A0+&form=EDNTHT&mkt=pt-br&httpsmsn=1&refig=d0e41796470a4a4af438e067792f9bfb&sp=-1&pq=predomin%C3%A2ncia+do+g%C3%AAnero+penicillium+em+solos+de+cultivo+de+caf%C3%A9+pelo+sistema+org%C3%A2nico+&sc=0-86&qs=n&sk=&cvid=d0e41796470a4a4af438e067792f9bfb>.

CONAB. Campanhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira. V.5 – SAFRA 2020 –N.6. Quarto levantamento. Dezembro 2020. Brasília, p.1-45.

FUNDAÇÃO PROCAFÉ. NUTRISAFRA fertilizantes. Biorin: O fertilizante organomineral do Café. 2014. Disponível em:< http://www.nutrisafra.com.br/noticias/biorin-o-fertilizante-organomineral-cafe/>.

MARTINS NETO, F. L.; MATSUMOTO, S. N.; SOUZA, A. J. J.; BONFIM, J. A.; LIMA, J. M.; CÉSAR, F. R. C. F.; SANTOS, M. A. F. Respiração edáfica e presença de micorrizas em sistemas de produção de café orgânico e convencional. 35º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. 2009. Disponível em:<http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/5116/doc_223_35-CBPC-2009.pdf?sequence=1&isAllowed=y>

PARTELLI, F. L.; VALICHESKI, R. R.; GONTIJO, I.; VIERA, H. D.; MARCIANO,  C. Atributos físicos do solo em cafeeiro conilon sob cultivo orgânico e convencional. VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil 22 a 25 de Agosto de 2011, Araxá – MG. Disponível em: http://www.sbicafe.ufv.br/bitstream/handle/123456789/3270/353.pdf?sequence=1&isAllowed=y

RUELA, V. et al. 45º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISAS CAFEEIRAS, 2019, Poços de Caldas. Fundação Procafé. Anais[367p], 250-251p

SANDY, E. C.; QUEIROZ, I. R.; Avaliação de fertilizantes organominerais na cultura do café na região da Alta Mogiana. Revista Attlea Agronegócios. 2018. Disponível em:< https://revistadeagronegocios.com.br/avaliacao-de-fertilizantes-organominerais-na-cultura-do-cafe-na-regiao-da-alta-mogiana-eder-sandy/>.

SANTINATO, R.; FERREIRA, R. T.; TAVARES, T. O.; SANTINATO, F. Adubação orgânica na formação e produção do cafeeiro em solo cerrado latossolo vermelho distroferico com doses crescentes de esterco de galinha poedeira mais palha de café associadas á adubação mineral reduzida proporcionalmente aos nutrientes npks contidos no esterco e na palha- resultados finais 6 safras. 2013. 39º Congresso Brasileiro de pesquisas Cafeeiras.

SANTOS, J; TEIXEIRA, R. N. Café do Brasil têm produtividade média superior a 32 sacas por hectare em 2018. Disponível em:< https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/38092192/cafes-do-brasil-tem-produtividade-media-superior-a-32-sacas-por-hectare-em-2018>. Acesso em 09 de abril de 2019.

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Biofertilizantes

Bioamino® Extra maior tolerância da cana às adversidades climáticas

Renato Passos Brandão
Gerente Especialista em Nutrição Vegetal

 

Luiz Marin
Gerente de Produtos Biofertilizantes

 

Raphael Bianco Roxo Rodrigues
Gerente Técnico de São Paulo e Sul de Minas

 

O Brasil é o maior produtor mundial no setor sucroalcooleiro. A estimativa de produção de cana para a safra 2017/2018 é de 625,96 milhões de toneladas (Conab, 2018). A produtividade da cana-de-açúcar está prevista para 72 t/ha. É considerada relativamente baixa em comparação ao potencial genético das atuais variedades de cana.

Um dos fatores que vem contribuindo para a baixa produtividade da cana são as condições climáticas desfavoráveis nas últimas safras – veranicos – que estão ocorrendo com mais frequência e intensidade.

Com o intuito de minimizar os efeitos prejudiciais dos veranicos e outros fatores abióticos que possam prejudicar o desenvolvimento da cana, o Vittia instalou um experimento para a avaliação do Bioamino® Extra aplicado via foliar em cana-soca.

O experimento foi instalado em cana-soca – variedade IAC SP95-5000 – 3º corte em um ambiente de produção classificado como B. O Bioamino® Extra foi aplicado via foliar na cana-soca em 05 de dezembro de 2017 – antes do fechamento do canavial – em um volume de calda de pulverização de 200 L/ha. A colheita da cana-soca ocorreu em 3 de agosto de 2018.

O experimento foi constituído por 4 doses do Bioamino® Extra – 0, 1, 2 e 3 L/ha com 4 repetições. As parcelas foram constituídas por cinco linhas de cana com 10 m de comprimento e espaçadas de 1,5 m entre si, totalizando 75 m2. A área útil foi constituída pelas três linhas centrais, descartando um metro nas extremidades, totalizando 36 m2

 

Resultados

O Bioamino® Extra proporcionou aumento expressivo na produtividade da cana-soca (Figura 1). O maior incremento na produtividade da cana-soca – 8,89 t/ha – ocorreu com a menor dose do Bioamino® Extra – 1 L/ha. Entretanto, a dose de 2 L/ha do Bioamino® Extra também proporcionou um aumento significativo na produtividade da cana-soca com um incremento de 13,92 t/ha de colmos.

 

O que é Bioamino® Extra?

É um fertilizante fluido orgânico composto, Classe A, com alta concentração de materiais orgânicos, obtidos por meio de processos controlados de biofermentação de açúcares.  Os aminoácidos estão na forma livre – L aminoácidos – prontamente disponível às plantas. Possui pH na faixa ligeiramente ácida a neutro – 5,5 a 7,0.

 

Garantias (p/p) – % 

  • Nitrogênio: 4% (50 g/L)
  • Carbono orgânico total (COT): 23% (287,5 g/L)
  • Densidade: 1,25 g/mL

 

Benefícios do  Bioamino® Extra em cana

O Bioamino® Extra atua no metabolismo da cana, alterando os processos vitais e estruturais das plantas, tornando-as mais tolerantes às condições climáticas adversas e aos estresses bióticos. 

 

Os benefícios do Bioamino® Extra proporcionados à cana estão abaixo:

  • Melhora o metabolismo da cana, maximizando o seu potencial produtivo;
  • Promove maior desenvolvimento radicular por meio da emissão de novas raízes. Maior absorção de água e nutrientes. Maior síntese de citocinina – fitohormônio indutor da divisão celular, promoção da formação de raízes e gemas e retarda a senescência foliar;
  • Melhora a brotação e o desenvolvimento vegetativo da cana;
  • Retarda a senescência das folhas da cana, prolongando a síntese de fotoassimilados;
  • Maior resistência da cana às condições climáticas adversas, tais como veranicos e variações bruscas de temperatura;
  • Recuperação mais rápida da cana aos estresses climáticos e fitotoxicidade causada pelos defensivos agrícolas;
  • Aumenta a produtividade da cana.

 

O que são aminoácidos?

Os aminoácidos são extremamente importantes para os seres vivos. São as unidades chaves para a síntese das proteínas (Campel; Farrel, 2017). As proteínas são polímeros de 20 aminoácidos unidos por um tipo específico de ligação covalente denominada de ligações peptídicas. 

O primeiro aminoácido descoberto foi a asparagina, em 1806 e o último dos 20 aminoácidos foi a treonina, somente em 1938. Além desses aminoácidos existem diversos outros menos comuns.  Há aminoácidos presentes nos organismos vivos, mas não como constituintes das proteínas. Alguns são resíduos modificados depois de uma proteína ter sido sintetizada (Nelson; Cox, 2011).

Os aminoácidos são moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio (Buchanan et al., 2000). Além desses elementos químicos, há três aminoácidos – cisteína, cistina e metionina – que contém também enxofre (Campell; Farrel, 2017).

 

Bioamino® Extra aumenta a tolerância da cana às condições climáticas adversas e aos estresses bióticos

 

Os aminoácidos possuem um grupo carboxila (-COOH) e um grupo amina (-NH2), ambos ligados ao carbono central denominado de alfa, quase sempre assimétrico (carbono próximo ao grupo carboxila). Nesse carbono também ficam ligados um átomo de hidrogênio (-H) e um grupo de cadeia lateral denominado genericamente de radical – R (Figura 2). 

A cadeia lateral (R) representa um radical orgânico, determinando a identidade do aminoácido, definindo uma série de características, tais como polaridade e grau de ionização em solução aquosa (Buchanan et al., 2000).

Os aminoácidos ocorrem em dois esterioisômeros: L (levógero) e D (dextrógeno) denominados de L aminoácidos e D aminoácidos, respectivamente. Possuem a mesma forma química mas possuem diferentes estruturas espaciais. Os aminoácidos constituintes das proteínas são sempre os levógeros – L aminoácidos.

Os L aminoácidos são obtidos por processos naturais de biofermentação ou hidrólise enzimática. Os D aminoácidos são obtidos por processos artificiais como a hidrólise ácida, que podem causar a destruição dos aminoácidos ou a manutenção de grandes quantidades de peptídeos e proteínas.

 

Biossíntese dos aminoácidos

Os seres humanos e a maioria dos animais não conseguem sintetizar determinados aminoácidos – como histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e arginina. Os adultos conseguem sintetizar a arginina – tendo que obter os demais aminoácidos, denominados de essenciais, a partir da dieta (Taiz et al., 2017). 

Por outro lado, as plantas sintetizam todos os 20 aminoácidos encontrados nas proteínas. O grupo amino contendo o nitrogênio, é proveniente do íon amônio – NH4+ –derivado de reações de transaminações com a glutamina ou glutamato. 

O esqueleto de carbono dos aminoácidos é derivado do 3-fosfoglicerato, do fosfoenolpiruvato ou do piruvato gerados durante a glicólise, ou ainda do 2-oxoglutarato ou do oxalacetato formados no ciclo do ácido cítrico (Figura 3).

 

Aminoácidos nas plantas

São moléculas orgânicas essenciais ao metabolismo primário e secundário, desempenhando diversos papéis nas plantas (Tabela 1). Alguns aminoácidos desempenham funções específicas como precursores à síntese de metabólicos secundários – hormônios e moléculas de defesa das plantas às doenças (Buchanan et al., 2000).

Os aminoácidos são importantes nos sistemas antioxidantes das plantas. Atuam na redução de radicais livres e osmoproteção (Gill; Tuteja, 2010). Exercem papel fundamental na resposta das plantas aos estresses abióticos – seca, veranico, salinidade dos solos – e bióticos – fitotoxicidade dos defensivos agrícolas – e no metabolismo secundário em plantas (Hildebrandt et al., 2015).

O fornecimento dos aminoácidos às plantas aumenta a tolerância aos estresses abióticos e bióticos. Atuam na estabilização das membranas celulares e na redução de substâncias tóxicas produzidas pelas plantas sob condições estressantes. 

Os aminoácidos também conferem proteção das plantas ao ataque de pragas e doenças, atuando na biossíntese de compostos fenólicos – ácido cinâmico, as flavonas e o ácido cumárico. São precursores de lignina, conferindo maior resistência das plantas ao ataque de pragas (Alves, 2017). 

 

Tabela 1. Principais funções dos aminoácidos nas plantas.

Aminoácidos Funções nas plantas
Alanina Atua na brotação da cana

Síntese de clorofila, aumentando a atividade fotossintética

Arginina Atua na emergência das plântulas, estimulando o desenvolvimento celular com a metionina

Ação rejuvenescedora nas plantas

Precursor de poliaminas – defesa das plantas aos estresses bióticos e abióticos 

Precursor da síntese de auxinas

Aspartato Atua na redistribuição do N nas plantas via floema
Asparagina Fornecimento de N às plantas
Cisteína Fonte de S às plantas. Produção de fitoquelatinas. 

A cisteína e a glicina, atuam na síntese de glutationa, molécula importante no sistema de defesa das plantas contra às doenças

Fenilanina Precursor de compostos fenólicos – ácido cinâmico, ácido cumário, lignina, taninos e flavonoides –, atuando na defesa das plantas contra às doenças

Síntese do ácido salicílico: hormônio indutor de resistência sistêmica das plantas aos patógenos. 

Atua também na tolerância das plantas aos estresses bióticos e abióticos.

Regula a ação de enzimas antioxidantes

Glicina Síntese de porfirinas

Precursor da síntese de clorofila e fitocromos

Principal aminoácido com ação quelante de metais

Precursor de glicina betaína – molécula de defesa “osmoprotetora” em condições de estresse hídrico e salino, calor, frio e congelamento

Auxilia na manutenção da integridade das membranas celulares, mantendo a atividade fotossintética

Glutamato Atua na formação de vários aminoácidos – arginina, prolina, glutamina e aspartato. 

Precursor da molécula de clorofila. Atuam no sistema de defesa das plantas

Glutamina Precursor de outros aminoácidos. Essencial para a absorção de N pelas plantas
Histidina Regula a concentração de ácido aspártico

Proteção das plantas às radiações ultravioletas

Maior sanidade das plantas

Isoleucina Aumenta a velocidade de brotação das plantas

Prevenção de anomalias em plantas, mantendo a integridade dos tecidos

Leucina Atua na brotação das plantas – aumenta a velocidade do processo germinativo

Incremento na produção, atuando na fecundação e no pegamento dos frutos

Melhora a qualidade dos frutos

Lisina Fonte de N às plantas

Ativa a clorofila, retardando a senescência das plantas

Aumenta a tolerância das plantas aos estresses abióticos

Atua na síntese de clorofila

Metionina Precursor do etileno, hormônio responsável pela maturação dos frutos. 

Aumenta a espessura das células, dificultando a entrada de patógenos

Favorece a assimilação dos nitratos

Prolina Aumenta a tolerância das plantas aos estresses abióticos – seca e veranicos.

Precursor da hidroxiprolina – importante para a formação da parede celular e substrato para a respiração

Serina Precursor do triptofano

Atua nos mecanismos de resistência das plantas às condições climáticas adversas

Tirosina Precursor dos compostos fenólicos. Atua na defesa natural das plantas contra às pragas e doenças 
Treonina Atua no crescimento das plantas, aumentando a velocidade de brotação e a germinação das sementes
Triptofano Precursor do ácido indolacético – AIA –, auxina que forma as enzimas responsáveis pelo alongamento e crescimento celular das plantas. 

Precursor de indolglicosinatos e alcaloides

Valina Atua na velocidade de crescimento das plantas, mais especificamente nos colmos

Atua nos mecanismos de resistência das plantas aos estresses ambientais

Fonte: Vários autores.

 

Considerações finais  

Os aminoácidos são as unidades chaves para a síntese das proteínas. São moléculas orgânicas formadas por átomos de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Além desses elementos químicos, há três aminoácidos – cisteína, cistina e metionina – que contém também enxofre.

As plantas sintetizam todos os 20 aminoácidos a partir da assimilação do amônio com o glutamato formando a glutamina. Entretanto, o fornecimento de aminoácidos à cana proporciona uma série de benefícios com aumentos expressivos na produtividade.

Os únicos aminoácidos que à cana e as demais plantas conseguem utilizar no seu metabolismo são os L-aminoácidos.

Os aminoácidos são amplamente utilizados na agricultura brasileira e mundial. Com o avanço nas técnicas de produção dos L-aminoácidos e dos conhecimentos dos benefícios proporcionados às plantas, o consumo de aminoácidos na agricultura brasileira é crescente.

Desempenham diversos papéis nas plantas, atuando como precursores da síntese de metabólicos secundários – hormônios e na biossíntese de compostos fenólicos conferindo maior resistência das plantas ao ataque de pragas e doenças. 

Atuam também na tolerância das plantas aos estresses abióticos – seca, veranico, salinidade dos solos e bióticos – fitotoxicidade dos defensivos agrícolas.

 

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Adjuvantes

Como mitigar as perdas por deriva nas aplicações de produtos fitossanitários?

Maickon Balator – Gerente da linha de adjuvantes Vittia

Com o intuito de garantir a segurança alimentar da população mundial nas próximas décadas, a utilização e aperfeiçoamento de novas tecnologias na agricultura são de suma importância para atingir esse objetivo.

Em relação a proteção de plantas, a tecnologia de aplicação exerce papel essencial na melhoria das pulverizações dos produtos fitossanitários. 

Um dos grandes desafios é aliar eficiência das aplicações com rendimento operacional. Contudo, durante o processo de pulverização temos vários obstáculos até a planta absorver os defensivos agrícolas e fertilizantes foliares.

Segundo Matuo (1998), a tecnologia de aplicação de produtos fitossanitários, é o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, em quantidade necessária, de forma econômica, com o mínimo de contaminação de outras áreas.

As perdas de defensivos agrícolas por deriva é um dos grandes problemas na agricultura mundial, tendo em vista o risco da contaminação ambiental, dos seres humanos e também pela perda da eficiência dos produtos no controle das pragas, doenças e plantas daninhas.

A deriva está relacionada com condições climáticas desfavoráveis à aplicação aliado a técnica de aplicação adotada, em especial o espectro de gotas. Quanto menor o espectro de gotas (menor o DMV das gotas) maior será o risco de deriva.

Um dos melhores exemplos da deriva causando problemas significativos na agricultura foi observado na pulverização do herbicida Dicamba em pós emergência sobre variedades tolerantes de soja e algodão, desde o lançamento dessas variedades em 2016 nos Estados Unidos. Relatos apontam que cerca de 1,4 milhões de hectares de soja sensível ao herbicida no Centro-sul e Centro-oeste dos Estados Unidos foram prejudicados pela aplicação do Dicamba em 2017.  Embora os relatos não tenham sido tão altos em 2018, ainda havia mais de 400.000 hectares com sintomas de aplicação de Dicamba.

Como mitigar as perdas por deriva nas aplicações dos produtos fitossanitários ?

Aplicar se possível nas melhores condições meteorológica, tais como, velocidade do vento entre 3 a 10 km/h, umidade relativa do ar acima de 55% e temperatura do ar abaixo de 32° C.

Reduzir a altura da barra em relação ao alvo biológico, desde que não comprometa a uniformidade de aplicação. 

Trabalhar com velocidade do pulverizador adequada ao terreno, evitando altas velocidades, pois quanto maior a velocidade, maior será a pressão e consequentemente menor o DMV das gotas e com isso maior será o risco de deriva.

Evitar altas pressões de trabalho, pois conforme o último parágrafo, altas pressões aumentam a produção de gotas de menores diâmetros, aumentando o risco de perdas por derivas.

Selecionar pontas de pulverizações que proporcionem gotas ultra grossas com baixa porcentagem de gotas menores que 100 micrometros para os herbicidas auxínicos, tais como, 2,4 D e Dicamba. Esta é uma estratégia essencial para reduzir o risco de fitotoxicidade em áreas sensíveis a estes herbicidas. 

Para aplicações de inseticidas e fungicidas é essencial termos uma excelente cobertura na superfície foliar, em especial no terço médio e inferior da cultura, local onde ocorre o início da infecção das doenças, devido ao micro clima proporcionado pela cultura nas fases reprodutivas, com isso se faz necessário a escolha correta de pontas de pulverização que produzem gotas médias a finas. Estes espectros de gotas serão mais sensíveis às perdas por deriva, com isso, para estas classes de produtos o produtor deverá ter maior atenção quando utilizar este espectro de gotas para não reduzir a eficiência biológica destes produtos. 

E por fim, como estratégia de mitigar as perdas por deriva, temos os adjuvantes para uso agrícola que exercem um papal fundamental para melhorar a eficiência biológica dos produtos fitossanitários e fertilizantes foliares. 

Como definição, os adjuvantes são substâncias ou compostos sem propriedade fitossanitária, que são adicionados (exceto a água) numa preparação agrícola, para aumentar a eficiência ou modificar determinadas propriedades da solução, visando facilitar a aplicação ou minimizar possíveis problemas. Significa um ingrediente que melhora as propriedades físicas de uma mistura. Estes adjuvantes podem desempenhar várias funções distintas (KISSMANN, 1997).

Segundo Vargas e Roman (2006), os adjuvantes são divididos em dois grupos: os modificadores das propriedades de superfície dos líquidos (surfactantes, espalhante, umectante, detergentes, dispersantes e aderentes, redutores de deriva, entre outros) e os aditivos (óleo mineral ou vegetal, sulfato de amônio e ureia, entre outros) que afetam a absorção devido à sua ação direta sobre a cutícula.

Os adjuvantes redutores de deriva possuem como principal função reduzir a porcentagem de gotas muita finas (abaixo 100 micrometros) e aumentar o DMV reduzindo as perdas por deriva.

É muito importante consultar o fabricante dos adjuvantes para entender o comportamento do seu produto com a ponta de pulverização que o produtor utilizará em suas pulverizações. Pois há inúmeras interações com o tipo da ponta e da aplicação (aérea ou terrestre) com os diferentes tipos de adjuvantes no mercado.

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Adjuvantes

Vittia recebe selo do Programa Adjuvantes da Pulverização

Das centenas de empresas de adjuvantes para uso agrícola no Brasil, apenas seis possuem a certificação junto ao IAC-CEA.                                                                                                                         

O Vittia tem o objetivo de levar mais produtividade e sustentabilidade ao produtor rural; e como resultado de sua atuação recebeu com muita satisfação o selo do Programa Adjuvantes da Pulverização, criado para certificar a funcionalidade dos adjuvantes. Trata-se de uma iniciativa de caráter público-privado, liderada pelo Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O programa é coordenado pelo Dr. Hamilton Ramos, pesquisador da instituição.

Com o objetivo de aprimorar as formulações de seus adjuvantes, o Vittia iniciou uma parceria com o IAC-CEA em 2015. Desde então, realizou uma série de ensaios de funcionalidade, dentre eles, o efeito redutor de deriva. O objetivo foi garantir ao produtor rural menos perdas por deriva durante as pulverizações e, consequentemente, mais eficiência nas aplicações e mais sustentabilidade, com menor risco ao meio ambiente. O selo do Programa Adjuvantes para Pulverização é fruto dessa parceria.

No mercado nacional há centenas de fabricantes de adjuvantes, mas apenas seis empresas receberam o selo, entre as quais o Vittia, a primeira empresa a iniciar esse projeto.

José Roberto P. de Castro, Diretor de Marketing do Vittia, recebe certificação do Dr. Hamilton Ramos, pesquisador da instituição IAC-CEA

A Linha Active, do Vittia, foi criada para oferecer melhor performance aos produtores. Ela é composta por cinco adjuvantes com funções específicas, sendo que cada produto terá maior assertividade nas pulverizações durante o ciclo das culturas. Além do efeito redutor de deriva dos produtos da Linha Active, há outras funções muito relevantes, como efeito umectante, espalhante, tensoativo e penetrante, que também fazem parte do projeto de avaliação junto ao CEA-IAC.

“Associar um adjuvante de funcionalidade imprecisa a um defensivo de boa qualidade coloca em xeque o investimento na lavoura”, afirma o coordenador do programa, o pesquisador Dr. Hamilton Ramos.

A perda por deriva é uma das grandes preocupações dos agricultores, não só do Brasil. Ela gera muitos prejuízos ao produtor, que tem o grande risco de perda de eficiência dos defensivos agrícolas devido à menor quantidade de princípio ativo que chega ao alvo. Além disso, as gotas derivadas podem aumentar o risco da contaminação ambiental e causar fitotoxicidade em lavouras sensíveis, próximas à área aplicada.

Os adjuvantes da Linha Active têm o potencial de reduzir de forma significativa as perdas por deriva, ao eliminar as gotas muito finas durante o processo de pulverização – o que garante uma maior eficiência dos produtos fitossanitários.

Desde novembro 2017 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) decidiu cancelar todos os produtos registrados exclusivamente como adjuvantes, e nesse contexto a certificação ganhou uma importância ainda maior: “O mercado de adjuvantes é extremamente competitivo e o selo conquistado pelo Vittia, conferido por um órgão de pesquisa renomado, oferece mais segurança ao produtor”, afirma o gerente de Tecnologia de Aplicação do Vittia, Maickon Balator.

José Roberto P. de Castro, Diretor de Marketing do Vittia, discursando durante Cerimônia de Premiação IAC-CEA

Com a certificação, o Grupo, que há 50 anos é reconhecido por promover a sustentabilidade na agricultura nacional, poderá estampar o novo selo nos rótulos de seus adjuvantes e auxiliar os produtores a fazerem a melhor escolha para as suas lavouras, com a segurança de adquirir um produto funcional. A participação da Vittia no Programa de Certificação de Adjuvantes do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), é mais uma demonstração do compromisso da empresa na entrega de soluções efetivas ao produtor rural, diz o diretor do Vittia, José Roberto Pereira de Castro.

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Controle Biológico

Vittia apresenta bionematicida mais completo do mercado

No-Nema possui amplo leque de alvos e traz nova opção de aplicação para uso via foliar, além do já conhecido tratamento de sementes e sulco de plantio

Danos de nematoide em raiz de soja. Fonte: Equipe Vittia

Em um momento em que os nematoides presentes no solo brasileiro afetam diversas culturas com prejuízos aproximados de R$ 35 bilhões por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), o agricultor passa a contar com um importante aliado para o controle efetivo de nematoides com múltiplas formas de aplicação. Trata-se do No-Nema, do Vittia, um nematicida e fungicida biológico altamente eficaz no manejo de fitonematoides, além de controlar fungos que causam podridão de raiz.

Dentre os produtos disponíveis para o manejo de fitonematoides aprovados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o No-Nema se destaca por ter um maior leque de possibilidades para aplicação, com a novidade para a uso via foliar. Essa nova forma de aplicação apresenta os mesmos benefícios que via tratamento de sementes e via sulco de plantio, porém, com um grande diferencial: a indução de resistência das plantas.

O No-Nema possui eficácia no controle de diversos nematoides, como: Meloidogyne javanica (Nematoide-das-galhas); Meloidogyne incognita (Nematoide-das-galhas); Heterodera glycines (Nematoide-de-cisto) e Pratylenchus brachyurus (Nematoide-das-lesões), cujas espécies são as de maior ocorrência no Brasil e afetam diversas culturas, além do controle de Fusarium verticillioides.

Área de soja com aplicação de No-Nema comparado ao padrão fazenda 7 dias após o plantio em Cristalina-GO – Imagem: Luís Fernando Ribeiro de Carvalho, Vittia
Área de soja com aplicação de No-Nema comparado ao padrão fazenda 20 dias após o plantio em Cristalina-GO – Imagem: Luís Fernando Ribeiro de Carvalho, Vittia

 

Nematoide Pratylenchus em microscopia – (Imagem enviada pela pesquisadora Karoline Gunther)

Somente na cultura da soja, os nematoides causam perdas de cerca de R$ 15 bilhões por ano de acordo com a SBN. Os nematoides são vermes que parasitam as raízes, sendo também porta de entrada para fungos de solo, causando prejuízos como diminuição no porte de plantas, amarelecimento da cultura, menor absorção de água e nutriente, acarretando fortemente na queda de produtividade, além de prejudicar as culturas e plantios seguintes. “O problema tende a aumentar se não controlado, por isso seguimos com os estudos que comprovaram a eficácia da aplicação via foliar, inclusive com a possibilidade de potencializar o manejo já realizado no tratamento de sementes ou sulco de semeadura, tornando a proteção mais completa no controle de nematoides”, ressalta Bernardo Vieira, gerente de produtos biológicos do Vittia.

saiba mais sobre o no-nema

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Notícias do Setor

Como os produtos biológicos estão elevando a produtividade?

Na busca incessante por soluções agrícolas que atendam às demandas crescentes da população global e, ao mesmo tempo, respeitem os limites do meio ambiente, os produtos biológicos têm se destacado como resposta. Nos últimos anos, testemunhamos um notável crescimento na adoção de biofertilizantes e biodefensivos, estabelecendo uma nova abordagem mais integrada e inteligente ao manejo agrícola. 

No Brasil, por exemplo, o crescimento só em 2020 foi superior à média global (30% versus 14,4%), mas produtores de todas as partes do mundo estão reconhecendo os benefícios inegáveis dos produtos biológicos. De acordo com especialistas, o uso de bioinsumos movimentou cerca de US$ 827 milhões na safra 2022/23 – 52% a mais que no ciclo 2021/22 (US$ 547 milhões), com os biodefensivos subindo de US$ 15,071 bilhões para US$ 20,772 bilhões, um aumento de cerca de 38% na moeda americana.

E a tendência é que esse crescimento continue, principalmente nas lavouras brasileiras, considerando que, segundo a Forbes, o Brasil se consolidou como líder mundial em produtos biológicos

Nesse cenário, fica fácil entender como a produção agrícola brasileira tem superado recordes e conquistando novas posições no ranking mundial de diversas commodities. A adoção de novas tecnologias, incluindo a utilização dos diversos produtos biológicos com função de proteção ou indução de resistência a diferentes estresses nas plantas, tem contribuído para o alcance de novos patamares de produtividade.

Segundo a CropLife Brasil, a associação de biológicos com inseticidas tem a capacidade de aumentar a eficácia do controle de pragas de 50% para mais de 90%. Estudos realizados em lavouras que utilizaram produtos biológicos associados a defensivos químicos indicaram um acréscimo na produção de 775kg/ha em lavouras de milho e 400kg/ha em lavouras de soja.

Os números comprovam: a tecnologia de ponta dos biológicos abriu um novo caminho para os agricultores, com benefícios a curto, médio e longo prazo que refletem em produtividade, qualidade e rentabilidade.

O impacto dos biodefensivos no manejo de pragas, doenças e nematoides 

Os biodefensivos estão abrindo portas para uma nova abordagem de manejo que vai além do controle. Os agentes biológicos também desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio natural nos ecossistemas agrícolas.

Quanto mais esse equilíbrio é respeitado e estimulado, menos intervenções são necessárias. Ou seja, a tendência é de redução dos custos de produção pela menor necessidade de aplicações químicas e menor degradação do solo na lavoura.

Manejo Integrado de Pragas (MIP)

Os biodefensivos desempenham um papel crucial no Manejo Integrado de Pragas (MIP), uma abordagem holística que visa equilibrar estratégias de controle biológico, químico e cultural. No contexto dos biodefensivos, isso se traduz em:

  • Controle biológico: introdução de agentes benéficos, como predadores, parasitoides e microrganismos antagonistas, para suprimir as populações de pragas de forma sustentável. Esses agentes podem ser classificados como microbiológicos, como vírus, bactérias e fungos, e macrobiológicos, como ácaros e insetos. 
  • Respeito pela biodiversidade: biodefensivos promovem a biodiversidade agrícola, criando um ambiente propício para inimigos naturais das pragas prosperarem.

Manejo Integrado de Doenças (MID) 

Os biodefensivos também desempenham um papel fundamental no manejo integrado de doenças nas lavouras, oferecendo estratégias inovadoras para reduzir a incidência e a severidade de patógenos. Aspectos relevantes incluem:

  • Controle microbiológico: utilização de microrganismos antagonistas, como fungos entomopatogênicos e bactérias benéficas, para suprimir patógenos.
  • Estímulo à resistência das plantas: biodefensivos podem atuar como indutores de resistência nas plantas, fortalecendo seus mecanismos naturais de defesa contra doenças.

Manejo de nematoides

Os nematoides representam uma ameaça persistente às culturas, e os biodefensivos oferecem abordagens específicas para seu controle eficaz:

  • Nematófagos e bactérias benéficas: biodefensivos contendo nematófagos e bactérias benéficas, como Bacillus spp., podem controlar populações de nematoides parasitas, reduzindo seus impactos nas raízes das plantas.
  • Melhoria da qualidade do solo: ao controlar nematoides de maneira biológica, os biodefensivos contribuem para a saúde e a qualidade do solo, preservando a estrutura e a funcionalidade do ecossistema do solo.

Manejo antirresistência 

O surgimento da resistência a pesticidas e fungicidas por parte das pragas e patógenos tem sido um desafio constante na agricultura moderna, exigindo abordagens diversificadas para preservar a eficácia das estratégias de controle.

Nesse contexto, os biodefensivos surgem como aliados do manejo antirresistência, oferecendo uma série de benefícios que contribuem para a sustentabilidade da produção agrícola a longo prazo:

  • Diversidade de mecanismos de ação: ao contrário de muitos defensivos tradicionais, que têm, muitas vezes, alvos específicos e podem ser suscetíveis ao desenvolvimento de resistência, os biodefensivos frequentemente atuam por meio de múltiplos modos de ação. Isso cria um ambiente desafiador para o desenvolvimento de resistência por parte dos organismos-alvo.
  • Rotação de produtos: a rotação de produtos é uma estratégia fundamental no manejo antirresistência, e os biodefensivos são uma alternativa inteligente para implementar essa prática. A possibilidade de alternar entre químicos e biológicos reduz a pressão seletiva sobre as populações de pragas, doenças e nematoides, diminuindo a probabilidade de desenvolvimento de resistência.

Além da associação químicos + biológicos, é possível ter uma lavoura altamente produtiva e 100% biológica?

A possibilidade de unir os dois tipos de manejo (químico + biológico) amplia as estratégias dos produtores na proteção da lavoura. No entanto, o desenvolvimento de um portfólio de alta performance, com soluções integradas e sinérgicas, já tem demonstrado resultados surpreendentes por meio do manejo 100% biológico – esse é o caso das lavouras do projeto BioVittia!

Confira um dos diversos depoimentos sobre esse programa que tem dado o que falar entre os produtores: 

O projeto BioVittia investe em sustentabilidade, contribui com a melhoria do balanço socioambiental e obtém ganhos de rentabilidade por área para um legado produtivo. Com um manejo de proteção 100% BioVittia é possível melhorar o solo, a eficiência das plantas e a produtividade sem deixar resíduos nas colheitas.

Esse programa promove a substituição parcial ou total do manejo convencional (defensivos químicos) para um cultivo 100% baseado em tecnologias Vittia de controle biológico. O objetivo principal é provar e dar visibilidade à eficiência dos biodefensivos e, por consequência, introduzi-los em um manejo integrado de pragas e doenças.

Hoje, temos mais de 50 áreas-teste em diversas regiões do Brasil, com diferentes culturas. Alguns desses campos já estão em manejo 100% biológico. Em outros deles, onde as condições iniciais não possibilitaram ainda a condução a 100%, a substituição avança progressivamente, com redução de pelo menos 70% em produtos químicos.

soja biovittia
Soja 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
Padrão Fazenda vs. Milho 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
Padrão Fazenda vs. Milho 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
milho biovittia
Milho 100% BioVittia em Bom Sucesso (PR).
feijão biovittia
Feijão preto 100% BioVittia em Ponta Grossa (PR).

culturas biovittia

O projeto BioVittia aponta para o futuro, momento em que as lavouras precisarão ser mais eficientes com o menor impacto possível para atender às demandas mundiais e proteger a longevidade da agricultura, com rentabilidade para o produtor. 

Quer saber mais sobre os resultados desse projeto? Acesse a página oficial BioVittia para conferir depoimentos e mais informações, além de um espaço para dúvidas e contato. 

E para ficar por dentro das melhores recomendações de cuidado para a sua lavoura, confira os outros conteúdos do Blog Vittia.

biovittia

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Controle Biológico

Doenças foliares na soja e o poder dos fungicidas biológicos

O cenário de manejo fitossanitário das lavouras está mudando: de acordo com Pesquisadores da área de Fitopatologia e Biológicos da Fundação MT, os sojicultores enfrentaram maior ocorrência de doenças foliares na soja na safra 2022/23.

Considerando os impactos do El Niño nas condições climáticas, a realidade das lavouras na safra 2023/24 é não só de maior pressão de patógenos pelo favorecimento da condição de desenvolvimento dessas ameaças, como também de ocorrência antecipada, como os casos registrados de adiantamento da incidência de ferrugem-asiática da soja.

Doenças como a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) e a mancha-alvo (Corynespora cassiicola) estiveram entre as maiores preocupações na safra 2022/23, mas a lista de patógenos favorecidos pelas condições climáticas verificadas nas principais regiões produtoras vai além.

Tradicionalmente, o manejo dessas doenças dependia fortemente de fungicidas químicos – uma abordagem eficaz, mas muitas vezes associada a preocupações ambientais e resistência patogênica, com redução na eficiência de diversos produtos. 

No caso da ferrugem-asiática da soja, por exemplo, já existem relatos de resistência do patógeno aos fungicidas químicos disponíveis no mercado. Para evitar problemas como esse, realizar o manejo integrado é fundamental.

Nesse contexto, os fungicidas biológicos surgem como protagonistas em uma narrativa de manejo mais sustentável e altamente eficaz, oferecendo uma solução inovadora e respeitosa ao agroecossistema para o MID (Manejo Integrado de Doenças), com benefícios que perduram a longo prazo.

A Vittia conta hoje com um projeto “100% BioVittia”, que trata doenças e pragas das diferentes culturas apenas com defensivos biológicos, mostrando aos produtores que é possível realizar um manejo eficiente dessas pragas de forma segura para o meio ambiente, além de não deixar resíduos nos alimentos. 

As principais doenças foliares na soja 

Diversas doenças foliares representam um desafio constante para os sojicultores, impactando diretamente a produtividade e a qualidade dos grãos e a rentabilidade da safra. Dentre as principais ameaças, podemos destacar:

  • Antracnose

A antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum truncatum, apresenta sintomas como manchas necróticas nas folhas, caules e vagens da soja. Essas lesões podem se fundir, levando à desfolha prematura e comprometendo a saúde geral da planta. O controle efetivo da antracnose é vital para prevenir perdas significativas de rendimento.

antracnose doença foliar na soja
Figura 1. Sintomas causados pelo fungo Colletotrichum truncatum observados nas folhas da soja.
  • Mancha-alvo

A mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, caracteriza-se por lesões circulares com um centro mais claro e uma borda escura, semelhante a um alvo. Essa doença pode afetar todas as partes da planta, incluindo folhas, hastes e vagens, contribuindo para a redução da eficiência fotossintética e, consequentemente, para a diminuição do rendimento.

mancha-alvo doença foliar na soja
Figura 2. Sintomas causados pelo fungo Corynespora cassiicola observados nas folhas da soja
  • Ferrugem-asiática

A ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, é uma das doenças mais significativas da soja. Apresenta-se em forma de manchas de coloração marrom nas folhas, que eventualmente se transformam em pústulas de esporos, resultando em danos extensos e rápida propagação. 

ferrugem asiática doença foliar na soja
Figura 3. Sintomas causados pelo fungo Phakopsora pachyrhizi observados nas folhas da soja.
  • Oídio

O oídio, causado pelo fungo Golovinomyces cichoracearum, é uma doença que se manifesta como um revestimento branco ou acinzentado nas folhas, afetando a capacidade da planta de realizar a fotossíntese. Essa condição compromete o desenvolvimento adequado da soja e pode resultar em perdas substanciais se não for controlada.

oídio doença foliar na soja
Sintomas causados pelo fungo Golovinomyces cichoracearum observado nas folhas de soja. Fonte: Embrapa.

Fungicidas biológicos entram em campo para virar o jogo contra as doenças foliares na soja 

Os fungicidas biológicos representam uma revolução no manejo de doenças foliares na soja, oferecendo uma alternativa sustentável aos fungicidas químicos convencionais. 

Diferentemente dos produtos químicos, os fungicidas biológicos são derivados de organismos vivos, como bactérias, fungos, vírus e enzimas, que interagem de maneira específica com os patógenos. Essa abordagem inovadora tem se destacado como uma resposta promissora aos desafios ambientais e à resistência crescente aos fungicidas tradicionais.

A utilização de bioinsumos para a proteção das lavouras tem demonstrado um crescimento constante no Brasil, com níveis superiores aos registrados em outros países. Isso devido a benefícios como:

  • Complementaridade e sinergia para o manejo integrado de doenças (MID)

Uma estratégia eficaz para o manejo de doenças foliares na soja é a integração dos fungicidas biológicos com os químicos. Essa abordagem complementar permite tirar vantagem da especificidade dos biológicos e da ação dos químicos. Enquanto os fungicidas químicos oferecem uma resposta imediata, os biológicos atuam de maneira mais sustentada, reduzindo a pressão seletiva sobre os patógenos e contribuindo na construção da sanidade da lavoura.

  • Redução de resíduos e impactos ambientais

Os fungicidas biológicos são conhecidos por sua degradação mais rápida e menor persistência no ambiente em comparação com os produtos químicos. Essa característica resulta em uma redução significativa na quantidade de resíduos nos solos e corpos d’água, contribuindo para a preservação da biodiversidade e a saúde do ecossistema agrícola.

  • Preservação da eficiência dos fungicidas

Ao incorporar fungicidas biológicos no manejo, os agricultores podem contribuir com a resistência das plantas aos patógenos, além de minimizar a pressão seletiva causada pelos químicos, reduzindo a probabilidade de seleção de populações resistentes por meio da rotação de defensivos. 

  • Melhoria da qualidade do solo

Muitos fungicidas biológicos, como os baseados em Bacillus subtilis, têm efeitos benéficos adicionais, como a promoção do crescimento das plantas e a melhoria da qualidade do solo por preservar os micro-organismos presentes ali. Isso não apenas contribui para a saúde das plantas de soja, mas também fortalece o sistema agrícola como um todo.

  • Sustentabilidade a longo prazo

A integração de fungicidas biológicos no manejo de doenças foliares na soja não se limita a benefícios imediatos, mas também promove práticas sustentáveis a longo prazo. A redução da dependência de fungicidas químicos tradicionais contribui para um sistema agrícola mais equilibrado e resiliente.

Bio-Imune®: o primeiro multissítio biológico registrado no Brasil para ferrugem da soja

Bio-Imune® é um fungicida e bactericida microbiológico desenvolvido pela Vittia que se destaca por oferecer uma abordagem abrangente no manejo de doenças da parte aérea da planta, com os seguintes modos de ação:

  • Proteção: sendo aplicado de forma antecipada.
  • Erradicação: atuando como um curativo de doenças.
  • Indutor de resistência: tornando as plantas mais resistentes à entrada de patógenos e aos estresses climáticos.
  • Efeito fitotônico: atua de forma hormonal no metabolismo das plantas.

Além de ser o primeiro multissítio biológico registrado para ferrugem da soja, também tem eficácia comprovada contra:

  • Alternaria solani
  • Xanthomonas vesicatoria
  • Uncinula necator 
  • Colletotrichum truncatum
  • Hemileia vastatrix
  • Colletotrichum acutatum
  • Colletotrichum gloeosporioides
  • Pseudomonas syringae pv. garcae
  • Pseudomonas syringae
  •  Phakopsora pachyrhizi
  •  Colletotrichum lindemuthianum
  •  Corynespora cassiicola
  •  Botrytis cinerea
  •  Sclerotinia sclerotiorum
  •  Phaeosphaeria maydis
  • Xanthomonas citri subsp. citri
  •  Aspergillus ochraceus
  • Ramularia areola
  • Colletotrichum falcatum 

Bio-Imune® apresenta características únicas que o posicionam como uma ferramenta crucial para a proteção e a promoção do crescimento saudável das culturas, atuando no manejo de doenças, mas também como um promotor de crescimento, estimulando o desenvolvimento saudável das plantas. A produção de metabólitos benéficos contribui para fortalecer a resistência das plantas, resultando em lavouras mais vigorosas e produtivas.

Ao competir por espaço e nutrientes, Bio-Imune® age como uma barreira natural, impedindo a germinação de fungos e bactérias causadores de doenças. Essa ação preventiva adiciona uma camada de proteção crucial para as culturas, contribuindo para a manutenção da sanidade das plantas.

bio-imune
Mecanismos de ação de Bio-Imune®

Em resumo, Bio-Imune® não só controla eficazmente as doenças foliares na soja, como também oferece uma gama de benefícios adicionais que promovem o crescimento sustentável e a qualidade da lavoura. Sua abordagem inovadora marca um avanço significativo no manejo de doenças, contribuindo para a construção de sistemas agrícolas mais resilientes e produtivos.

Bio-Imune na soja
Avaliação de duas áreas com tratamentos diferentes para as doenças na soja: imagem superior tratada com Bio-Imune®, imagem inferior com tratamento padrão fazenda.

Quer saber mais sobre os resultados de Bio-Imune® como do campo acima? É só entrar em contato conosco!

E para ficar por dentro das melhores recomendações de cuidado para a sua lavoura, confira os outros conteúdos do Blog Vittia.

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Notícias do Grupo

Vittia e Matsuda revolucionam a agricultura com o lançamento exclusivo da Linha Gold Green Star de Sementes Sustentáveis

Duas gigantes do agronegócio, Vittia e Matsuda, unem forças para apresentar ao mercado a inovadora Linha Gold Green Star. Este lançamento exclusivo marca um avanço significativo na agricultura sustentável, destacando-se como a primeira linha de sementes de forrageiras a adotar um tratamento totalmente livre de microplásticos, incorporando uma tecnologia inédita de incrustação com tratamento biológico.

Foto das sementes sustentáveis

Tecnologia Avançada e Compromisso Ambiental

A Linha Gold Green Star representa a fusão da expertise da Vittia em tecnologias biológicas com a renomada fabricante de sementes Matsuda. O tratamento de sementes, desenvolvido com a avançada tecnologia INCOTEC e o uso do defensivo biológico No-Nema® Vittia, garante não apenas alta performance, mas também máxima proteção e sustentabilidade.

Diferenciando-se ao ser 100% livre de fungicidas químicos, esta linha estabelece um novo padrão para a preservação ambiental. A tecnologia de incrustação com tratamento biológico à base de organominerais, isento de microplásticos, atende às rigorosas exigências do mercado europeu, solidificando o compromisso das empresas com práticas agrícolas responsáveis.

Foto de um campo com a placa da Matsuda.

No-nema® Vittia: Inovação Biológica para um Controle Eficaz

O tratamento biológico No-nema® Vittia, presente na série Gold Green Star, não apenas substitui os fungicidas químicos, mas também oferece uma solução inovadora contra Fusarium verticillioides, Macrophomina phaseolina e nematoides prejudiciais às plantas. Cibele Medeiros, Gerente de Desenvolvimento de Mercado da Vittia, destaca a adição de cepas de alta performance de Bacillus amyloliquefaciens – BV03, formando um biofilme protetor nas raízes que impede a penetração de patógenos, resultando em plantas mais sadias, resistentes e produtivas.

Evento de Lançamento em Álvares Machado (SP)

O lançamento oficial da Linha Gold Green Star ocorreu em Álvares Machado (SP), no dia 29/11. O evento proporcionou palestras técnicas, demonstrações práticas das inovações e tecnologias envolvidas, além de um demonstrativo em campo do manejo biológico de doenças e pragas em pastagem. Especialistas da Vittia e Matsuda estiveram presentes para interagir e compartilhar insights sobre essa revolução na agricultura.

Foto do discurso no lançamento.

“A Linha Gold Green Star é mais do que uma inovação tecnológica. É um passo firme em direção a práticas agrícolas sustentáveis, promovendo a saúde do solo, das plantas e contribuindo para um futuro mais verde. Essa parceria visionária está moldando o futuro da agricultura, colocando a sustentabilidade no centro de suas operações”, destacou a gerente de Desenvolvimento de Mercado da Vittia, Cibele Medeiros (foto acima).

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade. Mais informações no site e nas redes sociais Youtube, Instagram, Linkedin e Facebook.

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Notícias do Grupo

Vittia inaugura novo Centro de Distribuição em Araguaína, no Tocantins

Com capacidade de armazenamento de 550 toneladas, estrutura potencializa operações também em cidades do Piauí, Maranhão e Pará, com produtos just in time.

Seguindo sua estratégia de crescimento e atuação para levar mais tecnologia, rentabilidade e sustentabilidade às lavouras, a Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, anuncia um novo Centro de Distribuição em Araguaína (TO).

Com capacidade de armazenamento de 500 toneladas, o local tem 1501 m² de área total e 1080 m² de área construída, e será inaugurado nesta quinta-feira (7/12).

O novo CD irá atender não só o Tocantins, mas também cidades dos Estados do Piauí, Maranhão e Pará, com produtos de maior valor agregado. Os produtores da região, até então abastecidos diretamente pela matriz, em São Joaquim da Barra (SP), passarão a contar com unidade bem centralizada e produtos Vittia para retirada imediata.

“A localização de Araguaína é estratégica para a nossa logística de entrega. Além disso, é uma cidade forte em pecuária e com crescimento na agricultura, o que amplia as nossas oportunidades de negócio”, afirma o Gerente Executivo Regional de Vendas da Vittia, Juscelino Castro Silva Jr.

Vale destacar que a Vittia tem o maior portfólio de alvos biológicos regulamentados do Brasil – são mais de 60, e cada vez mais produtores estão verificando em campo os resultados dessa tecnologia, seja para controlar pragas, doenças ou nematoides, seja para oferecer nutrição à plantação.

Com o novo espaço, a Vittia soma 6 CDs espalhados pelo Brasil: nas cidades de Luís Eduardo Magalhães (BA), Sorriso (Mato Grosso), Primavera do Leste (MT), Jataí (GO) e Ijuí (RS).

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

Mais informações no site e nas redes sociais Youtube, Instagram, Linkedin e Facebook.

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Destaque em sustentabilidade, Vittia conquista Prêmio Eco pelo segundo ano consecutivo

Pesquisa premiada relaciona o uso de defensivos biológicos à maior capacidade dos cultivos em resistir a efeitos climáticos.

Em sua 40ª edição, o Prêmio Eco reconheceu a Vittia, companhia brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, como uma das empresas que promovem melhores práticas empresariais voltadas à sustentabilidade dos negócios, da sociedade e do meio ambiente, pelo segundo ano consecutivo.

Um dos principais objetivos do prêmio é mostrar o que a iniciativa privada tem feito de mais inovador em práticas sustentáveis e a Vittia foi uma das vencedoras na categoria Sustentabilidade em Produtos & Serviços, com o case de pesquisa Soluções Biológicas para a Resiliência Climática – em que relaciona a utilização de tecnologias biodefensivas e a redução, nos cultivos de soja, de danos desencadeados por déficit hídrico e variações climáticas. Os projetos inscritos no Prêmio Eco são avaliados por um corpo de jurados formado pelos principais especialistas em ESG do país.

“A Vittia sabe da importância da parceria com instituições de ensino e, ao longo de sua história, promove a pesquisa e o conhecimento sobre produtos biológicos com o objetivo de mostrar não só a relevância dos benefícios da aplicação dessa tecnologia, mas também o impacto positivo que traz ao produtor, à sociedade e ao meio ambiente”, destaca a Coordenadora de Sustentabilidade da Vittia, Ana Laura Pavan. “São produtos que têm permitido um incremento de produtividade porque, além de promoverem defesa e nutrição das plantas, são capazes de evitar danos econômicos causados por fatores climáticos, como o estresse hídrico e variações de temperatura – além de não causarem danos ao homem e ao meio ambiente”, completa.

“Inserir conceitos de sustentabilidade na gestão, nos processos e nos produtos e serviços, soma valor às organizações e contribui para a reputação, os processos de inovação, a eficiência e a competitividade do negócio”, destaca a Amcham Brasil, entidade organizadora do prêmio.

O evento de premiação acontece dia 9 de novembro, em SP. Uma prévia do trabalho Vittia premiado está disponível em vittia.com.br/solucoes-biologicas-para-a-resiliencia-climatica/.

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.
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Controle Biológico

Manejo de doenças na soja e o uso de Bio-Imune® na aplicação 0 – v2/v3

Por: Lauany Cavalcante dos Santos – Mestre em Fitossanidade e Coordenadora de Portfólio na Vittia

Segundo meteorologistas a safra 23/24 deve representar alguns desafios aos sojicultores. Segundo o INMET é esperado que o fenômeno do El Niño leve chuvas as chuvas do Rio Grande do Sul, entre 1º e 19 de setembro, cujos volumes ficaram em torno de 450 mm.

Neste último trimestre, período que coincide com a janela de plantios de soja pelo país, a previsão indica maior probabilidade de chuva abaixo da faixa normal entre o leste, centro e faixa norte do Brasil. Já para a Região Sul, parte de Mato Grosso do Sul e de São Paulo, a previsão indica maior chance de chuva acima da faixa normal, mostrando o cenário típico do fenômeno. Já a previsão de temperatura indica maior probabilidade de temperaturas acima da faixa normal na maior parte do País.

Estas características de alta pluviosidade somada às altas temperaturas por boa parte do território brasileiro, são fatores de alta incidência e rápida proliferação de doenças de solo como mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) e doenças foliares como a a antracnose (Colletotrichum truncatum) e a ferrugem asiática da soja (Phakopsora pachyrhizi), responsável por perdas de até 90% da produtividade desta cultura (Godoi et al, 2017). Esta mesma condição de alta umidade são favoráveis para biodefensivos à base de microorganismos, estes terão seu modo de ação, de infecção em patógenos de maneira mais facilitada, melhorando também sua estabilidade e persistência na lavoura.

Para esta safra, pede-se que os cuidados em relação a doenças ocorram de forma preventiva, afim de manter as altas produtividades encontradas safra após safra em áreas de cultivo da maior comoditie do país.

Nas últimas safras, tem-se tonado comum a entrada de aplicações de funcidas multissítio na dita “entrada 0” ou “falsa de fungicida” que resulta em controle dos primeiros inóculos das doenças citadas em áreas de soja no país, fato que resulta em aumento médio de 3 sacas de soja por hectare advindo de apenas 1 aplicação de fungicidas.

Porém para esta entrada ocorrer, o fungicida multissítio, precisa ser somado ao manejo inicial de plantas daninhas, geralmente vinculado à um herbicida pós emergente da classe dos glifosatos, que garante seletividade à cultivares RR, e manejo assertivo de plantas daninhas na lavoura. Esta entrada em conjunto resulta em uma limitação: A compatibilidade de fungicidas à esta somática com glifosatos geralmente é baixa, e causa obstrução dos filtros e consequentemente das pontas de pulverização, impossibilitando esta operação.

Contudo, quando realizada dentro do período recomendado (V3 a V4), a aplicação zero pode não surtir o efeito desejado, sendo recomendado para esta aplicação o uso de Bio-Imune®, fungicida multissítio biológico que atua no foco do complexo de doenças da soja garante controle de eficiência, indução de resistência de plantas e consequente produtividade, garantindo ainda compatibilidade física e química de caldas com a maior parte dos glifosatos do mercado. Veja fotos de nossos resultados comparados aos manejos com produtos da linha mancozeb.

Figura 1 – Comparação do crescimento da planta. A – 10 dias após a primeira aplicação. B – 30 dias após a primeira aplicação.
Figura 2 – Comparação da sanidade das folhas. A – 12 dias após a 2ª avaliação. B – Comparação da sanidade das folhas 31 dias após a 2ª aplicação.
Figura 3 – Comparação do número de vagens de 10 plantas entre os tratamentos.

Acesse nossa tabela e faça com assertividade seu manejo de doenças na cultura da soja. Clique aqui para baixar.

Produto comercial Ingrediente ativo Dose do Biológico (L ou Kg/ha) Dose do Químico  (L ou Kg/ha) Volume de Calda Resultado Aplicação
Shadow Glifosato + equivalente ácido de glifosato 2 4 100 Compatível Foliar
DMA 806 BR 2,4-d-dimetilamina + equivalente ácido do 2,4-d 0,5 1,5 100 L Compatível Foliar
Verdict R Equivalente ácido de haloxifope-r-metílico + solvent naphtha (petroleum), light aromatic
(nafta aromática)
1 0,5 100 Compatível Foliar
Sinerge clomazona + ametrina + solvent naphtha (petroleum), light aromatic 1 5 100 Compatível Foliar
Gamit CLOMAZONE – 500,00g/L 1 3,5 100 Compatível Foliar
Metsuram 600 WG Methyl 2-(4-methoxy-6-methyl-1,3,5-triazin-2-ylcarbamoylsulfamoyl)benzoate
(metsulfurom-metílico)
1 0,014 100 – 150 Compatível Foliar
Zapp QI 620 Sal potássico de n-(phosphonomethyl) glycine – glifosato potássico + equivalente ácido 0,5 2,8 100 Compatível Foliar
SANSON 40 SC Nicossulfurom (nicosulfuron)
2-(4,6-dimethoxypyrimidin-2-ylcarbamoyl sulfamoyl)-n,nnimethylnicotinamide
0,5 1,5 100 Compatível Foliar
Roundup Ready 0,5 2,5 100 Compatível Foliar
Callisto Mesotriona + ethylene glycol (etilenoglicol) 0,5 0,4 100 Compatível Foliar
Soberan Tembotriona 0,5 0,24 100 Compatível Foliar
Premerlin 600 EC Trifluralina + nonilfenol etoxilato + xileno 0,5 3 60 – 100 L Compatível Aéreo
Roundup ultra Glifosato)+ equivalente ácido de n-(phosphonomethyl)glycine (glifosato). 0,5 2,5 60 – 100 L Compatível Aéreo
Reglone Diquate 0,5 0,5 – 0,8 60 – 100 L Compatível Aéreo
LIBERTY Glufosinato – sal de amônio + 1-metóxi-2-propanol (éter monometílico de propilenoglicol) 0,5 2 60 – 100 L Compatível Aéreo
Ametrina 500 SC Ametrina + etilenoglicol 0,5 5 100 Compatível Foliar
Velpar K WG Diurom + 3-ciclohexil-6-dimetilamino-1-metil-1,3,5-triazina-2,4(1h,3h)-diona
(hexazinona) + silicato de alumínio (caulim)
0,5 2,0 – 3,0 100 Compatível Foliar
Comprass Ametrina + monoetilenoglicol 0,5 6,0 – 8,0 100 Compatível Foliar
DMA 806 BR 2,4-d-dimetilamina + equivalente ácido do 2,4-d 0,5 0,2 60 Compatível Foliar
PrimaTop SC Atrazina + 6-chloro-n2,n4 -diethyl-1,3,5-triazine-2,4-diamine (simazina) 0,5 6 100 Compatível Foliar
Ultimato SC Atrazina + etilenoglicol 1 3 100 Compatível Foliar
Roundup Transorb R Glifosato + equivalente ácido de n-(phosphonomethyl)glycine (glifosato) 1 3 100 Compatível Foliar
Select 240 EC Cletodim + alquilbenzeno 0,5 0,6 – 1,0 80 – 120 Compatível Foliar
Primóleo Atrazina 0,5 2,0 – 3,5 80 – 120 Compatível Foliar
XEQUE MATE HT Sal de potássio de n-(phosphonomethyl) glycine (glifosato – sal de potássio) 0,5 L 2,0 – 3,0 100 – 150 L Compatível Foliar
Calaris mesotriona + atrazina. 0,5 L 2 100 – 250 L Compatível Foliar
Soldier glifosato, sal de amônio + glifosato 0,5 1,0 – 1,5 100 L Compatível Foliar
Maxizato glifosato, sal de amônio + glifosato + sulfato de amônio 0,5 0,008 68 L Compatível Foliar
xeque mate glifosato – sal de potássio + equivalente ácido 0,5 2 100L Compatível Foliar
SNIPER Acetate + Equivalente Ácido De Fluroxipir + Trichloropyridine-2-Carboxylate + Equivalente Ácido De Picloram + 2-Butoxyethanol (ÉTER MONOBUTÍLICO DE ETILENOGLICOL) 0,5 2,5 40L Compatível Foliar
PIQUE Picloram, sal de trietanolamina + equivalente ácido + Trietanolamina + Éter monobutílico de etilenoglicol 0,5 1 40L Compatível Foliar
TRACTOR 2,4-d, sal trietanolamina  + equivalente ácido do 2,4-d + Picloram, sal trietanolamina + equivalente ácido do picloram + Trietanolamina + Éter monobutílico de etilenoglicol 0,5 3,5 40L Compatível Foliar
Glifosato 72 WG Alamos Sal de amônio de glifosato + equivalente ácido n-(phosphonomethyl) glycine (glifosato) 0,5 2 50L Compatível Foliar
zaphir Imazetapir + equivalente ácido + monoetilenoglicol 0,5 1 100L Compatível Foliar
ZAPHIR Imazetapir + equivalente ácido + monoetilenoglicol 0,5 0,5 100L Compatível Foliar
ROUNDUP ULTRA WG Glifosato + equivalente ácido de n-(phosphonomethyl)glycine (glifosato) 0,5 1,2 120L Compatível Foliar
CRUCIAL 0,5 1,6 120L Compatível Foliar
zaap QI 420 620 g/l glifosato potássico 0,5 2,5 120L Compatível Foliar
NUFOSATO Glifosato sal de isopropilamina + equivalente ácido de glifosato. 0,5 2,9 120L Compatível Foliar
ROUNDUP ORIGINAL MAIS Glifosato) + equivalente ácido de n-(phosphonomethyl)glycine (glifosato) + dietilenoglicol 0,5 2 120L Compatível Foliar
ROUNDUP TRANSORB R Glifosato + equivalente ácido de n-(phosphonomethyl)glycine (glifosato). 0,5 2 120L Compatível Foliar
SINFONAT Ammonium 4-[hydroxy(methyl)phosphinoyl]-dl-homoalaninate ou ammonium dlhomoalanin4-yl(methyl)phosphinate (glufosinato-sal de amônio) 0,5 2 120L Compatível Foliar
SPIKE Tebutiurom + monoetilenoglicol 0,5 2 200L Compatível Foliar
PROVANCE 0,5 2 200L Compatível Foliar
GILFOSATO NORTOX WG Sal de amônia de n-(phosphonomethyl) glycine (glifosato) + equivalente ácido de glifosato 0,5 6 100L Compatível Foliar

Consulte um dos nossos especialistas para obter a tabela atualizada!

Fontes:

FRAC-BR. CULTURAS: IMPORTANTE: NOVAS RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DA FERRUGE ASIÁTICA DA SOJA. Comitê de Ação a Resistência a Fungicidas, 2022. Disponível em: <https://www.frac-br.org/soja>. Acesso em: 19/12/2022.

MAIS SOJA. Aplicação Zero: quando utilizar e quando abrir mão do seu uso. 2022. Disponível em: <https://maissoja.com.br/aplicacao-zero-quando-realizar>. Acesso em: 19/12/2022.

GODOY, C. V.; SEIXAS, C. D. S.; SOARES, R. M.; MEYER, M. C.; COSTAMILAN, L. M.; ADEGAS, F. S. Boas práticas para o enfrentamento da ferrugem-asiática da soja. Londrina: Embrapa Soja, 2017. 5 p. (Embrapa Soja. Comunicado técnico, 92). Disponível em: <https://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/consulta/busca?b=pc&id=1074899&biblioteca=vazio&busca=1074899&qFacets=1074899&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1>. Acesso em: 19/12/2022.

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Controle Biológico

Soluções Biológicas para a Resiliência Climática

O papel dos biodefensivos na adaptabilidade e no desenvolvimento agrícola

Autoras: Ana Laura Pavan* e Jéssica Brasau**

A partir das projeções de crescimento populacional mundial, a ONU estima que a produção de alimentos precisará crescer 70% até 2050, com mínimo de avanço em áreas cultiváveis e máxima preservação de recursos naturais. Ao mesmo tempo, a agricultura enfrenta o grande desafio da adaptação às mudanças climáticas.

Com o aumento das temperaturas médias do planeta, a alteração na distribuição das chuvas e a ocorrência, cada vez mais frequente, de mudanças bruscas no clima, os sistemas de produção agrícola têm sido fortemente impactados, colocando em risco a segurança alimentar global. Esse cenário é ainda mais agravado pela maior incidência de pragas e doenças, favorecidas também pelas alterações climáticas.

O setor agropecuário precisa buscar, portanto, soluções e inovações capazes de garantir adaptabilidade, produtividade e sustentabilidade. Nesse contexto, os bioinsumos já se destacam, há alguns anos, promovendo o equilíbrio dentro da produção agrícola. Mas foi a partir de 2019 que, em um grande esforço colaborativo de pesquisa, a empresa de biotecnologia Vittia e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – Campus Rio Verde, iniciaram uma série de estudos e ensaios em busca de um passo além: descobrir como – e o quanto – a utilização de microrganismos específicos de produtos utilizados como biodefensivos poderia contribuir, também, para a redução de danos desencadeados por déficit hídrico (a temida estiagem) na produção da soja.

Para os estudos, foram utilizados produtos comerciais do portfólio de biodefensivos da Vittia, sendo dois à base de bactérias – o No-Nema, com Bacillus amyloliquefaciens BV03, e o Bio-Imune, com B. subtilis BV02e um à base de fungos Trichoderma asperellum BV10, o Tricho-Turbo. Foram quase quatro anos e diferentes pesquisadores debruçados sobre esse desafio.

Como resultados, as equipes conseguiram a constatação de que, SIM, as plantas de soja tratadas com os biodefensivos conseguiram manter bom grau de hidratação dos tecidos e maior integridade das membranas celulares, além de conseguir se recuperar mais rápido após a seca severa. Em destaque, os microrganismos conseguiram também retardar o tempo para que as plantas sentissem os efeitos em seus processos fisiológicos devido à falta de água no sistema. As plantas que receberam a aplicação do tratamento biológico apresentaram ainda maior capacidade em captar a luz solar e convertê-la em energia química, maior taxa fotossintética, maior eficiência do uso da água, dentre outros importantes avanços que resultaram em melhor crescimento, desenvolvimento e adaptabilidade da planta.

Dessa forma, a pesquisa trouxe à luz benefícios ambientais, tais como a redução do estresse hídrico e maior capacidade de absorção e aproveitamento de água pelas plantas, a redução da dependência de irrigação intensiva, maior absorção de nutrientes do solo pelo maior desenvolvimento do sistema radicular, e, portanto, uso eficiente de recursos naturais disponíveis. Como benefícios econômicos, podemos citar, dentre outros, a redução das perdas de colheitas em condições de seca e o aumento da produtividade agrícola, proporcionando maior estabilidade de safras, com segurança econômica para os produtores rurais e oferta mais estável de alimentos aos consumidores.

Avanços em tecnologia, produtividade e sustentabilidade

Os resultados obtidos pela pesquisa da Vittia e IF Goiano representam um importante passo na busca por soluções biotecnológicas para os desafios climáticos enfrentados pela agricultura. Os bioinsumos, como os biodefensivos utilizados nesse projeto, apresentam-se como uma alternativa promissora para impulsionar a produção agrícola de forma sustentável.

Os microrganismos apresentaram grande potencial para serem usados em programas agrícolas sustentáveis, pois promovem maior tolerância a estresses abióticos, garantem a manutenção do potencial produtivo das culturas e evitam danos econômicos causados por fatores climáticos, como o estresse hídrico. Estes estudos nos mostram que estamos no caminho certo para entregar soluções biotecnológicas para os desafios climáticos.

Ao comprovarmos que, além do combate a pragas e doenças, microrganismos usados em defensivos biológicos têm grande potencial para serem importantes aliados também na superação do desafio de resiliência climática, abrimos um novo caminho para o uso mais eficiente dos recursos naturais e oportunidades para ganhos em produtividade com sustentabilidade.

Investir em pesquisas e tecnologias que promovam a utilização de bioinsumos na agricultura é essencial para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável para a produção de alimentos. A parceria entre empresas e instituições de ensino, como demonstrado nesse estudo, se mostrou fundamental para impulsionar soluções para o os desafios agronômicos contemporâneos.

*Ana Laura Pavan – Bióloga, PhD em Ciências da Engenharia Ambiental. Coordenadora de sustentabilidade da Vittia.

**Jéssica Brasau – Engenheira Agrônoma, Mestre em Proteção de Plantas. Gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Vittia

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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Notícias do Grupo

Vittia apoia projeto cultural com entrada gratuita

Peça “Do que são feitas as estrelas?” será apresentada nos dias 18, 19 e 20/10

A Vittia é patrocinadora da peça de teatro que chega a São Joaquim da Barra em outubro. Crianças a partir de seis anos e adultos poderão conhecer mais sobre a história da astrônoma inglesa Cecília Payne que, em 1925, descobriu a composição das estrelas. A peça “Do que são feitas as estrelas?” será apresentada no Auditório Artur Parada, nos dias 18, 19 e 20/10, de forma gratuita para a população, sempre em dois horários, às 10 e às 14 horas.

A peça conta a história da Guerreira Cecí, uma menina aventureira, exploradora e cheia de questionamentos, que enfrenta muitas situações desafiadoras com seres intergalácticos para se tornar uma exploradora cósmica. Cecí cresce e se torna uma das mais importantes astrônomas da história, quebrando paradigmas importantes como o preconceito contra as mulheres. Kiko Marques, diretor da peça, considera uma importante oportunidade para que pais e filhos discutam temas relevantes na sociedade. “A história de Cecí incentiva meninas e meninos a serem quem são e a seguirem seus sonhos”, reforça o diretor.

Cecília Payne tinha 25 anos quando descobriu a composição das estrelas e levou a conclusão de suas pesquisas ao orientador, que, imediatamente, refutou a tese da astrônoma. No entanto, 4 anos depois, em 1929, ele reconsiderou seu posicionamento e escreveu uma tese, utilizando o método de Cecília, dando crédito a ela apenas nas últimas páginas e sem citar que anos antes a astrônoma já havia descoberto do que são feitas as estrelas. A peça, idealizada pela atriz Luiza Moreira Salles, que se baseia na história real de Cecília Payne, é vencedora do 12º Prêmio Zé Renato de Teatro, da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.

A peça “Do que são feitas as estrelas?” é realizada pelo Ministério da Cultura do Governo Federal, promovida pela MR2 Cultural e contempla as cidades paulistas de São Bernardo do Campo e São Joaquim da Barra, por meio da Lei Incentivo à Cultura. Em São Joaquim da Barra recebe o apoio da Prefeitura Municipal e o patrocínio da VITTIA.

“O cuidado com as pessoas está no DNA da Vittia, uma empresa de biotecnologia e nutrição especial de plantas que há 52 anos promove mais rentabilidade, produtividade e sustentabilidade para o produtor rural. Incentivar projetos culturais, por sua vez, é um passo além do que já realizamos, e que representa nossa crença na arte e o nosso desejo de fortalecer laços com a cidade de São Joaquim da Barra, berço da nossa história”, afirma a  coordenadora de sustentabilidade da Vittia, Ana Laura Pavan.

Serviço:

“Do que são feitas as estrelas?” tem apresentações gratuitas em São Joaquim da Barra
 

Data: 18, 19, 20 de outubro

Horário: às 10h e às 14h

Local: Auditório Artur Parada

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Notícias do Grupo

Vittia tem nova Gerente Regional de Vendas, com foco em mercado sucroalcooleiro

Andressa Carneiro de Sousa tem mais de 15 anos de experiência e chega para liderar Projeto Cana-de-açúcar.

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, tem uma nova Gerente Regional de Vendas. Andressa Carneiro de Sousa chega para liderar o Projeto Cana-de-açucar, que tem como objetivo fomentar o aumento da participação da companhia nesse mercado, assim como já acontece com as culturas de milho e soja.

Com mais de 15 anos de experiência, Andressa já atuou em usinas e empresas do ramo agro. Bióloga de formação, a profissional não imaginava trabalhar com agronegócio. No entanto, dois anos após a conclusão do curso ingressou em uma usina de cana-de-açucar, na área de sustentabilidade, e desde então se apaixonou pela agricultura. “Nas usinas em que trabalhei, sempre busquei associar a produção de cana com sustentabilidade. Depois, quando saí, foi uma escolha buscar atuar com produtos biológicos”, diz Andressa. “Minhas expectativas são altas, pois tive a oportunidade de visitar as instalações da Vittia e fiquei muito surpresa com o tamanho, a organização e estrutura da companhia, assim como com o portfólio de produtos, que traz muita possibilidade de agregar valor na cadeia de produção do cliente”, completa.

Para Andressa, sua marca como profissional é a credibilidade e é essa característica que ela quer seguir compartilhando, com o objetivo de que os clientes possam ter cada vez mais confiança na empresa e na entrega de resultados. “Inovação e tecnologia são um propósito na minha carreira, e acredito que meu conhecimento em produção nas usinas de cana pode colaborar para fazer a Vittia crescer regionalmente nesse mercado, que tem enorme potencial de expansão no Brasil, e que, portanto, é estratégico para a companhia”, diz.

Atualmente, 1/3 dos cargos de liderança na Vittia já são ocupados por mulheres – um total de 79 gestoras. No entanto, Andressa lembra que no início de sua carreira essa era uma realidade distante nas empresas. Hoje o cenário é mais promissor: “As mulheres vêm ganhando espaço, fruto principalmente da competência em assumir uma posição de liderança e mostrar que a agricultura não deve ser um espaço exclusivo dos homens. Há espaço para todos”, conclui.

Neste momento, a Vittia vem realizando a reestruturação da equipe do Projeto Cana-de-açucar, que deve receber mais profissionais – todos dedicados exclusivamente ao atendimento e relacionamento com as usinas do setor. A companhia também deve desenvolver ações de marketing com foco no setor sucroalcooleiro, bem como participar de seus principais eventos.

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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Controle Biológico

Com uso de biológicos, vinícola de São Paulo aumenta produtividade em 30% e uvas mais saudáveis garantem medalha em uma das mais importantes premiações de vinhos do mundo

Pela primeira vez em 17 anos de cultivo, plantação da Marchese di Ivrea não sofreu ataque de fungos. Resultado é atribuído ao uso de produtos biológicos da Vittia.

Fora do tradicional circuito vinícola do Sul do Brasil, uma pequena propriedade de Ituverava (SP) está se destacando internacionalmente: a vinícola Marchese di Ivrea acaba de ter um rótulo premiado no Decanter Word Wine Awards, de Londres, um dos mais importantes concursos de vinhos do mundo. Mas essa não é a única boa notícia. Desde o fim de 2022 o vinhedo passa por uma transição e atualmente 50% da plantação de 12 hectares vem sendo tratada com insumos biológicos da Vittia. Os resultados surpreenderam, já que nos 17 anos da história da vinícola esta foi a primeira vez que a plantação não foi atacada por fungos, mesmo diante de condições climáticas atípicas.

Esse contexto permitiu mais sanidade ao vinhedo, o que resultou em um aumento de 30% de produtividade. Nos próximos dias, a Marchese di Ivrea inicia a colheita de uma nova safra, com expectativa de produtividade recorde. “Confesso que eu não acreditava na capacidade de proteção dos produtos biológicos, mas o tratamento que fizemos com o Bio-Imune e outros produtos de aplicação via foliar trouxe resultados que não imaginávamos”, afirma Luís Roberto di San Martino Lorenzato di Ivrea, proprietário da vinícola. “Enfrentamos a maior quantidade de chuva da história da região e o vinhedo passou imune ao ataque de fungos”, completa.

Bianca Di Borgogna: vinho premiado é resultado do uso de tecnologia Vittia

O rótulo premiado no mundial em Londres – o vinho branco Bianca Di Borgogna – é resultado da introdução de tecnologias biológicas no cultivo das uvas. Uma delas foi o Bio-Imune, que impede a germinação de fungos e bactérias nas plantas, além de oferecer substâncias que promovem tonificação e ativação dos genes de resistência. Também foram usados o Biomino Extra, um fertilizante foliar; produtos da linha NHT, que promovem nutrição vegetal; fertilizantes que ativam o metabolismo das plantas (caso do Biomino Extra e Bioenergy), assim como o adjuvante Naft e produtos que atuam no controle de pragas (Meta-Turbo SC) e manejo de insetos e ácaros (Bovéria-Turbo).

O Bianca Di Borgogna concorreu com 18.500 rótulos de vinhos de 57 países e conquistou a medalha de bronze. É o primeiro vinho nobre do Brasil de uvas moscato Giallo e o primeiro vinho branco da América do Sul com teor alcoólico de 14,7 (vinhos brancos costumam ter por volta de 12 a 13). Mesmo em outros locais do mundo é difícil encontrar um vinho branco com essa característica, ainda que ela seja imperceptível, pois isso depende de uma grande doçura das uvas.

“O vinho nasce no campo”, afirma Luís Roberto. O proprietário explica que uma uva perfeita aumenta imensamente as chances de se produzir um vinho com máxima qualidade. A sanidade da uva, sem fungos e com um desenvolvimento sem ataques que lhe causem doenças, permite que a planta dê o melhor de si: uvas maduras e com bastante teor brixs (o açúcar da uva, que vai transformá-la em álcool dentro do tanque de fermentação).

Com a premiação, cresceu a procura pelos vinhos da Marchese di Ivrea e o empresário tem novos planos: “Nosso objetivo é aprofundar nossa parceria com a Vittia para fazer a transição completa para o biológico e assim obter a certificação de vinhos orgânicos – o que irá conferir maior valor agregado ao nosso produto”, afirma Luís Roberto.

“A cada dia mais produtores descobrem que os produtos biológicos são, na verdade, a representação da agricultura moderna: garantem mais produtividade e rentabilidade sem agredir o meio ambiente. Por isso, a Vittia se orgulha em contribuir para que o produtor, a exemplo da vinícola Marchese di Ivrea, chegue cada vez mais longe”, conclui o Gerente Executivo Regional de Vendas da Vittia, Raphael Bianco.

Sobre a Vittia

A Vittia, empresa brasileira de biotecnologia e nutrição especial de plantas, com soluções para diversas culturas agrícolas, está presente há 52 anos no país com a missão de permitir aos produtores ganhos de rentabilidade por área e melhoria do balanço socioambiental, entregando excelência em produtos e serviços para a agricultura.

Sempre expandindo sua atuação a favor do agronegócio por meio de pesquisa, tecnologia e desenvolvimento, a empresa, dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, conta com diversos produtos nas linhas de adjuvantes, inoculantes (fertilizantes biológicos), acaricidas, controle biológico, fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, condicionadores de solo, micronutrientes granulados para solo e sais para a agricultura e pecuária.

A Vittia possui três unidades industriais localizadas em São Joaquim da Barra, além de unidades em Serrana, Ituverava e Artur Nogueira, no estado de São Paulo, e em Paraopeba e Patos de Minas, no estado de Minas Gerais. Atualmente, conta com cerca de 1200 colaboradores entre equipes administrativas, de produção e especialistas de campo. Comprometida com os princípios da sustentabilidade, a empresa visa criar valor por meio da inovação e ampliação de negócios com aquisições estratégicas no mercado. Em 2022, a receita líquida da empresa foi de R$ 851 milhões.

Além disso, a Vittia recebeu do MAPA o Selo Agro+ Integridade, que se destina a premiar empresas do agronegócio que, reconhecidamente, desenvolvem boas práticas de gestão de integridade, ética e sustentabilidade.

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